A guerra no Iraque contaminou a música pop americana em 2006, mas de uma maneira diferente do que houve durante a guerra do Vietnã, segundo análise do crítico do "The New York Times", Jon Pareles, publicada nesta terça-feira (2).
No artigo "Música pop e a guerra: o som da resignação", Pareles diz que ao longo do ano que passou, as canções pop que tratavam da guerra foram aproximando-se para "um clima entre a resignação e a mentalidade de cerco". O crítico do jornal lembra que, ao contrário das músicas sobre o envolvimento no Vietnã, cujas críticas misturaram-se com a rebelião juvenil dos anos 60, "as canções de guerra do século XXI tornaram-se sóbrias e prudentes, pragmáticas mais do que fantasiosas".
- Os anos 2000 não são como o fim da década de 1960, culturalmente ou ideologiamente, mas as repercussões musicais da guerra do Vietnã talvez sugiram o que vai acontecer em seguida. À medida que a guerra se arrastava, os delírios do fim dos anos 60 deu espaço não só para um rock obcecado pela técnica e compositores preocupados consigo mesmos, mas também para o florecimento de uma consciência social, um soul musicalmente inovador - lembra Pareles.
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