Foi com um atraso de um minuto que o Queen -ou melhor Queen + Adam Lambert (que é como a banda britânica tem se apresentado desde que incorporou o novo vocalista) - subiu ao palco do ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, 30 anos após a sua última vinda ao país.
Teve início com a silhueta do guitarrista Brian May, projetada no enorme pano que escondia o palco.
O setlist, ao menos na primeira parte do show, seguiu rigorosamente a mesma ordem de canções que a o grupo apresentou em suas turnês: abriu com “One Vision”, seguiu com “Stone Cold Crazy” e “Another One Bites the Dust”.
Boa parte do público das arquibancadas, que ficou sentado durante boa parte dessas músicas, só levantou quando começaram os primeiros hits. Primeiro, “Don’t Stop Me Now”, em seguida “I Want to Break Free” e logo depois “Somebody to Love”.
Com a missão de substituir os vocais de Freddie Mercury, o cantor Adam Lambert surgiu de costas, todo trajado de couro. Imitou alguns trejeitos de seu antecessor e deu um toque seu à interpretação: estendido num sofá roxo se abanou com um leque. Entornou uma garrafa de champanhe e cuspiu parte para o público, que aplaudiu.
Mas foi o guitarrista Brian May, que com o baterista Roger Taylor compõe a dupla de músicos originais do Queen, que o público paulistano realmente se empolgou.
Com um violão em punho, caminhou pela passarela que cortava a pista. “É ótimo estar de volta ao Brasil”, disse antes de tocar uma versão acústica de “Love of My Life”, acompanhada pelo público, ponto mais alto da primeira parte do show.
Quase no final da música, no gigantesco telão em formato de Q montado nos fundos do palco, surgiu a imagem de Mercury cantando a canção ao vivo. O público gritou. May esfregou os olhos.
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