O baterista Rolando Castelo Júnior subiu ao palco do Jokers Pub usando um broche da bandeira da Argentina em sua jaqueta de veludo. Ícone de seu instrumento, ele é o único integrante original da Patrulha do Espaço, a lendária banda formada nos anos 1970 e que tocou na última sexta-feira, 6, em Curitiba.
A banda é o grande expoente do chamado "hardão 70", o hard rock produzido no Brasil na década do som pesado, que também nos deu Joelho de Porco, Casa das Máquinas, O Peso, Made in Brazil e outros cabeludos barulhentos. Uma história tão longa e diversa que não cabe em tão poucas linhas.
Cabe dizer que a formação atual do Patrulha do Espaço atualmente é completada pelos jovens Daniel Dellelo (baixo) e Danilo Zanite (guitarra e voz).
Também é certo que o trio enlouqueceu os presentes ao entoar, por uma hora e meia, seus clássicos, com a excelência técnica que o instrumental deste gênero pede. Zanite justificou seu apelido de "Alemão dos Infernos", em solos e vocais destruidores.
De resto, letras espirituosas e uma postura que transforma o peso do "hardão 70" em arte. Tudo na "velocidade da luz", mais de 40 anos em uma noite.
O show teve abertura do Ferryboat, que estreava o baixista Rubens K em seus quadros. Representando a prata da casa, o guitarrista Luiz Antonio Ferreira deu canja com o Patrulha, bem como o líder da Relespública, Fabio Elias.
Na "saideira", o hino "Vamos a Buscar la Luz", uma homenagem ao guitarrista Norberto "Pappo" Napolitano, o grande guitar hero argentino.
Pappo, que tem uma estátua em Buenos Aires, foi parceiro de Rolando no mítico power trio Aeroblus. A banda gravou apenas um álbum, hoje disputado a tapa por colecionadores o vinil não sai por menos de R$ 1 mil.
Rolando tem no país vizinho uma moral que não tem por aqui. O que explica o broche com a bandeira. "Na Argentina, sou tratado como um deus. Gravei apenas um disco lá. Sabe quantos eu gravei no Brasil? 47...". GGGG
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