Candidato único, o empresário Heitor Martins foi reeleito presidente da diretoria executiva da Fundação Bienal de São Paulo para gestão de mais dois anos. Os conselheiros da instituição se reuniram anteontem no prédio da Bienal, no Ibirapuera, para efetivar a decisão. Martins, assim, será o responsável pela próxima 30ª Bienal de São Paulo, a ser inaugurada em 2012.
Como ele afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo, as conversações para a definição do curador da futura edição da mostra estão "bastante adiantadas". "Falta amadurecer o projeto, os cronogramas", disse Martins, sem querer adiantar ou confirmar qualquer nome dos que estão sendo especulados no circuito artístico. O curador do evento, afirmou, será anunciado no início do ano, já com pré-projeto e equipe estipulados.
A reeleição de Heitor Martins ocorre poucos dias depois do término da 29.ª Bienal de São Paulo. Encerrada no domingo, a mostra recebeu, entre setembro e o último dia 12, público de cerca de 530 mil visitantes. O empresário manteve quase que a totalidade da composição da diretoria executiva de sua primeira gestão, eleita em maio de 2009 e que promoveu a reestruturação interna e financeira da instituição. Formam ainda sua equipe, agora, Eduardo Vassimon (1.º vice-presidente); Justo Werlang ( 2.º vice-presidente); e Jorge Fergie, Luis Terepins, Miguel Chaia e Salo Kibrit. A novidade será o anúncio de um diretor superintendente, já aprovado pelo conselho da Fundação Bienal de São Paulo.
Para 2011, estão acertados dois eventos da instituição. Como parte ainda do programa da 29.ª Bienal, se inicia, em janeiro, a itinerância de núcleos da exposição por cidades brasileiras. A primeira mostra vai ser aberta em 18 de janeiro, no Palácio das Artes de Belo Horizonte. A segunda itinerância vai ser inaugurada em 28 de fevereiro no Museu de Arte Moderna do Rio - o calendário continua com exposições em Salvador, Porto Alegre, no Recife e cidades do interior do Estado de São Paulo.
O próximo evento ocorrerá entre setembro e dezembro de 2011 no Pavilhão da Bienal, uma mostra com 250 obras da coleção do museu Astrup Fearnley de Oslo. "Faz parte do nosso projeto promover a arte contemporânea", diz Martins, se referindo à exposição, que vai se centrar na produção artística realizada dos anos 1980 para hoje (com conjuntos de obras de estrelas como Damien Hirst e Jeff Koons, além de brasileiros). A mostra, com entrada gratuita, faz parte das comemorações dos 60 anos da Bienal de São Paulo. Outro desafio de Martins será dar continuidade à reforma do prédio da instituição que tem como ponto principal a climatização de todo o edifício.