O teatro noh surgiu há 600 anos, baseado em refinamento e simbolismo extremo. Ainda no século 14, o escritor Kan’ami e seu filho Zeami criaram um terço das 240 peças existentes hoje.
A declamação típica é chamada de “utai”. Músicos acompanham a encenação, ao fundo do palco, com instrumentos de sopro e percussão.
Feito de bambu, tem ao fundo como cenário um pinheiro estilizado – ainda que a peça se desenrole no mar, num palácio ou numa praia enluarada. O palco tem ainda uma comprida passarela ao longo da qual estão três pinheiros de diferentes alturas, criando ilusão de perspectiva. Em outra extensão do palco fica o coro, sentado em duas fileiras. O palco se estende para dentro da plateia , coberto por um telhado.
A flauta de bambu é o único instrumento a produzir melodia, e três tambores diferentes marcam o ritmo.
O protagonista é denominado “shite” , e sempre representa um fantasma, espírito bom ou mau, uma criatura animal ou sobrenatural. Em geral, usa máscara. O “waki” e o “waki- zure” são personagens secundários. Por vezes aparecem atores infantis.
É o lado cômico do noh, tendo surgido paralelamente ao estilo dramático. Normalmente, é apresentado entre dois dramas.
É uma farsa de mímica para fazer rir, calcada no diálogo. Algumas peças são apenas “felizes”; outras, usam frases humorísticas, e há ainda a sátira. Algumas falam do isolamento e solidão humanos, com uma característica tragicômica. Raramente os atores usam máscaras.
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