Os textos de acesso mais fácil sobre a história do cineclubismo no Paraná estão no Dicionário de Cinema do Paraná, que pode ser consultado e adquirido na Cinemateca de Curitiba e no site Tablóide Digital (www.tabloidedigital.com.br). O primeiro é um lançamento recente do crítico, cinéfilo veterano e atual coordenador da Cinemateca, Francisco Alves dos Santos. O segundo é um arquivo de textos do falecido crítico Aramis Millarch. Tanto um quanto outro, assim como toda uma geração de intelectuais curitibanos, são formados em grande parte pelos cineclubes que aqui estiveram ativos. Leia abaixo um histórico breve sobre o cineclubismo no estado.
* No dia 20 de agosto de 1948 é fundado o Clube de Cinema de Curitiba, liderado por Armando Ribeiro Pinto, pioneiro como teórico e crítico de cinema no Paraná.
* No mesmo período, em Londrina, Orlando Vicentini promoveu exibição de filmes de arte e curtas-metragens em um ciclo que se manteve ativo até 1961. Foi retomado em 1970, pelos diretórios Rocha Pombo e 7 de Março, da Universidade Estadual de Londrina.
* Nos anos 60, o catarinense Sylvio Back, ao lado de Lamartine Correia, liderou a criação do Clube de Cinema do Paraná, com exibições na Biblioteca Pública do Paraná.
* No fim da década de 60, o Cine Pró-Arte/Riviera, de José Augusto Iwersen, no Colégio Santa Maria, esteve a par dos movimentos vanguardistas internacionais (Nouvelle Vague, Cinema Novo), exibindo filmes para críticos, jornalistas e estudantes. Entre eles estavam Aramis Millarch, Estevão von Harbach, Luis Geraldo Mazza, Cassiana Lícia de Lacerda, Carlos Alberto Pessoa, Carlos Marés e Lélio Sotto Maior.
* No decorrer dos anos 70, o cineclubismo esteve atrelado aos movimentos político-partidários de redemocratizarão do país, com programações variadas realizadas na UFPR e no Cefet.
* Em fevereiro de 1974, no Teatro do Paiol, o Conselho Nacional de Cineclubes, patrocinado pela Fundação Cultural de Curitiba, promoveu a 8.ª Jornada Nacional de Cineclubes. O evento não ocorria desde 1968 e trouxe à capital paranaense delegações de vários estados e países. Na ocasião, foi redigido o manifesto Carta de Curitiba.
* A criação da Cinemateca do Museu Guido Viaro, em 1975, fortaleceu os movimentos cineclubistas. A instituição viabilizava programações, promovia cursos e palestras e chegava a emprestar películas para os cineclubes.
* Em 1984, foram celebrados dez anos da Carta de Curitiba em nova reunião da federação nacional de Cineclubes, promovida no Colégio Estadual do Paraná. Na ocasião, o paranaense Gil de Almeida foi promovido presidente da Federação Paranaense de Cineclubes.
* Com o afrouxamento da ditadura e o surgimento do vídeo doméstico, o movimento cineclubista se esvaziou no Paraná, assim como em outras regiões do país. Desde o início de 2003, uma retomada do movimento vem sendo percebida, principalmente no Rio de Janeiro (Cachaça Cineclube, entre outros).
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