Allen Coulter, um dos reis das séries de TV nos EUA na direção de "A família Soprano", "A sete palmos" e "Sex and the city", apresentou esta quinta-feira, no Festival de Veneza sua primeira incursão no cinema com "Hollywoodland". O filme, que marca o segundo dia do evento, tem argumento e ambiente parecidos com os do longa "A Dália Negra", de Brian de Palma, exibido na quarta-feira.
A semelhança é a investigação de uma morte real em meio a celebridades em ascensão. No caso de "Hollywoodland" o assassinato é de George Reeves, primeiro ator a viver Superman na série de TV durante os anos 50. A misteriosa morte de Reeves, interpretado por Ben Affleck, é investigada pelo detetive particular Louis Simo (personagem fictício de Adrien Brody). Ele passa a conhecer detalhes da vida do ator, como seu tórrido romance com Toni Mannix (Diane Lane), esposa de um dos magnatas da indústria cinematográfica, Eddie Mannix (Bob Hoskins).
O filme mostra pouco a pouco os problemas que cercam os famosos.
- Acho que esta é uma história de dois homens que buscam o sentido de suas vidas através da fama. Por exemplo, o caso de Reeves seria o de um homem que pensaria que sua vida só tinha algum valor se tivesse certo sucesso - explicou Coulter na coletiva de imprensa após a exibição do filme.
A vida de celebridade e o valor à fama também são a busca do detetive Louis Simo.
- Por isto eu diria que o filme trata do mundo em que vivemos atualmente, muito marcado pela fama. A necessidade de ir atrás de qualquer coisa, não importando seu trabalho, só para conseguir uma fotografia nos jornais - diz o diretor.
Para Coulter, "Hollywood é um depósito deste tipo de pensamento."
- Promove a noção de que só o encanto e a fama podem nos valorizar. E é exatamente isso que faz deste filme uma tragédia.
Através de cada personagem e seu modo de vida podemos aprender algo sobre a fama, sem que o filme caía no moralismo barato.
Há várias possibilidades para a causa da morte de Reeves. Vão desde suicídio até assassinato pelas mãos de muitos inimigos. O filme busca testemunhas e provas para mostrar que as chances de assassinato são grandes.
Dessa forma, "Hollywoodland" mostra como é difícil de um filme alcançar a verdade e superar as aparências, as suspeitas, as hipóteses, mas sobretudo os prejuízos.
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