Homenagem à poeta no Paço

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Uma das instituições culturais mais tradicionais do estado, o Centro de Letras do Paraná, que neste ano comemora 100 anos de existência, presta hoje, a partir das 19 horas, no Paço da Liberdade, uma homenagem à poeta Helena Kolody, que, caso estivesse viva, também comemoraria a idade centenária (seu aniversário foi no último dia 12). Serão lidos, por vários escritores locais, poemas de Helena, além de projeções de filmes sobre a vida e a obra da autora. Haverá ainda a participação da organizadora da antologia Infinita Sinfonia, Adélia Maria Wollner, considerada discípula da escritora.

"A Helena Kolody é a estrela fulgurante do cenário poético paranaense. Ela era muito inspiradora, de origem humilde. Além disso, também pertenceu ao Centro de Letras do Paraná e da Academia Paranaense de Letras. Sua influência na arte literária é imensa", diz o presidente do Centro de Letras, Luiz Renato Pedroso, que salienta que as homenagens para Helena que estão pulverizadas pela cidade contribuem para marcar a presença da escritora na cultura paranaense.

Além da homenagem, o Centro de Letras negocia atualmente com a prefeitura da cidade a instalação de uma estátua da escritora em Curitiba. "Como é algo que depende de licitação e da escolha do escultor, acaba sendo mais demorado. Mas acreditamos que não encontraremos resistência para esse pedido", salienta Pedroso. Segundo o diretor, a imagem seria instalada na Praça Rui Barbosa, pela proximidade do endereço onde ficava sua residência (na Rua Voluntários da Pátria, quase esquina com a praça), ou no Instituto de Educação do Paraná, onde a poeta lecionou por mais de 20 anos.

História

Natural de Cruz Machado, no sul paranaense, Helena Kolody passou a infância em Rio Negro, onde, além da escola regular, estudou pintura e piano. Começou a escrever os primeiros versos cedo, aos 12 anos. Fixou-se em Curitiba, onde foi professora no instituto e ficou conhecida pelos seus poemas e também pelos haicais (forma poética concisa), como "cai a areia da vida, na ampulheta da morte", do livro Vida Breve (1964).