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Brolin, que interpreta o jovem Agente K, e Will Smith vieram ao Brasil para promover MIB – Homens de Preto 3, com estreia prevista para maio: sequência após hiato de dez anos | Divulgação
Brolin, que interpreta o jovem Agente K, e Will Smith vieram ao Brasil para promover MIB – Homens de Preto 3, com estreia prevista para maio: sequência após hiato de dez anos| Foto: Divulgação

Foi necessária uma década para que tirassem do papel MIB – Homens de Preto 3, novo filme da franquia dirigida por Barry Sonnenfeld (de Família Adams), inaugurada em 1997, e que mistura com originalidade ficção científica e comédia. Em entrevista coletiva, realizada na última quinta-feira no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, o ator Will Smith, um dos astros da série (ao lado do veterano Tommy Lee Jones), disse que não bastava ter o desejo, tampouco os recursos, para realizá-lo: "Precisávamos de um bom roteiro, uma história convincente que se sustentasse sozinha. E isso nem sempre é fácil de conseguir".

A década que separa MIB 3, com lançamento no Brasil previsto para 25 de maio, do segundo episódio levaram os produtores a um raciocínio lógico. A trama acabará levando aos cinemas toda uma geração que não está, necessariamente, tão familiarizada com a premissa da franquia: uma divisão especial de agentes secretos, sempre vestidos de ternos pretos e óculos escuros, encarregados de identificar e prender, quando não eliminar, alienígenas no planeta Terra.

É aí que entra em cena Josh Brolin, ator de Onde os Francos Não Têm Vez, de Ethan e Joel Coen, e indicado ao Oscar de melhor coadjuvante por Milk, dirigido por Gus Van Sant. Ele vive, em Homens de Preto 3, o mesmo personagem de Tommy Lee Jones, o circunspecto e sempre ácido, quando não mal-humorado Agente K. Quando ele morre em uma missão, seu fiel parceiro, o Agente J (Will Smith) tem de voltar no tempo aos anos 1960 para reencontrá-lo e, assim, mudar o rumo dos acontecimentos e tentar salvar sua vida.

Assumir o papel de Lee Jones, seu companheiro de elenco em Onde os Fracos Não Têm Vez, foi uma responsabilidade e tanto. Como se trata do mesmo personagem, em versão mais jovem, Brolin teve de tentar emular os gestos ("algo como uma coreografia"), o tom de voz grave e autoritário e a inflexão bastante particulares do ator, vencedor do Oscar de coadjuvante por O Fugitivo.

"Quando estava resolvendo o que fazer com esse convite, fui para o México sozinho e fiquei assistindo aos filmes anteriores. Nunca fiquei tão bêbado na minha vida. Achei que não iria conseguir", contou Brolin, para quem Lee Jones é inimitável. Já Smith não poupou o colega de elenco de elogios: "Não estou exagerando, gente, a atuação de Brolin é um dos, senão o ponto alto do filme. Ele arrebenta!", disse Smith, com seu habitual entusiasmo.

3D

Como muita coisa aconteceu no cinema em termos de tecnologia desde o lançamento de Homens de Preto 2, em 2002, outro chamariz óbvio do terceiro episódio são os efeitos especiais em 3D. Embora o longa-metragem ainda não esteja finalizado, foram exibidas cenas do filme, entre elas uma sequência espetacular, na qual Smith e Lee Jones investigam um restaurante chinês, sob suspeita de estar infestado por ETs, do proprietário e chef aos próprios pratos.

A tridimensionalidade das imagens realmente impressiona: em um momento um peixe gigante, preso em um aquário, escapa e se lança contra o Agente J e ambos estilhaçam as janelas do estabelecimento indo parar no meio da rua, dando a impressão de que estão sendo projetados na direção da plateia.

Indagados sobre como foi participar de um filme que, já no roteiro, previa a realização em 3D, Will Smith disse que sua principal preocupação era com suas orelhas de abano, que "ficam um tanto mais ridículas". Mas acrescentou que a tecnologia ajudou na escolha de Brolin para o papel do Agente K jovem: "Vejam só, ele tem uma cabeça enorme, gigantesca, fica ótima em 3D. Maior que a dele talvez apenas a do Tommy".

Túnel do tempo

Outro aspecto que promete chamar bastante atenção é a volta aos anos 60. "Barry (Sonnenfeld) foi buscar referências estéticas nas produções de ficção científica daquela era, como os seriados Star Trek, Perdidos no Espaço. Um look bastante retrô", conta Smith, que não quis revelar que celebridades fazem aparições como extraterrestres. Deixou escapar, no entanto, que a popstar Lady Gaga seria uma delas.

Quanto a viajar no tempo, Smith disse que essa é uma experiência que não ousaria fazer na vida real: "Olha, sinceramente, para a minha gente, os negros, voltar no tempo vai ser sempre um mau negócio. Quanto mais para trás, pior fica! Melhor ficar onde estou agora". Brolin, gargalhando com o comentário, preferiu não comentar.

O jornalista viajou a convite da Sony Pictures.

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