Identificação com o público

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Como a própria diretora Malu de Martino salienta, Mulheres do Brasil é um filme feito para atingir o maior número de espectadores. E deve conseguir seu propósito, principalmente pela fácil identificação do público com as personagens retratadas na tela.

Todos os episódios são interessantes, com exceção do último (de São Paulo), que destaca soluções forçadas para dar uma espécie de unidade às demais histórias apresentadas – um artifício pobre e desnecessário. A melhor parte é a inicial, que se fixa apenas em uma história ficcional de uma menina de boa família do interior que se acha muito esperta e inteligente, mas que acaba se dando muito mal na ida para a cidade grande, uma ótima atuação de Camila Pitanga.

O tom documental funciona muito bem nos capítulos de Maceió e Curitiba. Esse último, apesar de as atrizes (Carla Daniel e Deborah Evelyn) não conseguirem fazer o sotaque curitibano – não basta apenas fortalecer os "es" do final de cada palavra, há toda uma entonação que não é fácil de se conseguir –, é o mais engraçado de todos, com um final tragicômico que diverte o espectador. GGG