Apresentações
Confira a programação artística deste domingo na Oficina de Música de Curitiba:
Gênesis Orquestra de Metais e Percussão
Coreto do Parque Barigui (Rod. do Café, BR 277, Km 0). Às 14 horas. Entrada franca.
Paraná Brass Orquestra Filarmônica de Metais e Percussão
Coreto do Parque Barigui (Rod. do Café, BR 277, Km 0). Às 16 horas. Entrada franca.
Quinteto de Birmingham
Com Nathaniel Vallois (violino), Harriet Carr (viola), Alexander Baillie (violoncelo), David Mcllfatrick (contrabaixo) e Robert Markham (piano). Capela Santa Maria Espaço Cultural (R. Cons. Laurindo, 273), (41) 3321-2840. Às 18 horas. Palestra com Marco Aurélio Koentopp, às 17h15. R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada).
Terra Sonora
Teatro do Paiol (Lgo. Guido Viaro, s/nº), (41) 3213-1340. Às 18h30. R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada).
Brass Ensemble da 32.ª Oficina de Música de Curitiba
Com participação do Portuguese Brass Ensemble, Luca Benucci (trompa), Rui Gomes e Nuno Aroso (percussão). Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Luz dos Pinhais (Praça Tiradentes s/nº), (41) 3324-5136. Às 20 horas. Entrada franca.
Os corredores da Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR) se transformaram em um labirinto de sons nestes primeiros dias de 2014. O prédio sedia até o dia 14 os cursos da fase erudita da Oficina de Música de Curitiba, e está tomado por jovens carregando estojos de instrumentos e alunos estudando suas partituras em escadarias, salas vazias e pátios. Nas salas de aula, professores e alunos correm contra o tempo: são apenas dez dias para absorver o máximo que os músicos de expressão internacional trazidos pelo festival têm a oferecer.
"Realmente é muito rápido. O que estou tentando fazer é passar a minha energia para os alunos, além de corrigir alguns pequenos erros que eu identifique", explica à Gazeta do Povo o professor de saxofone Philippe Portejoie, de Paris. "Quero fazer com que eles não tenham medo de tocar. Tento fazer com que encontrem confiança neles mesmos", diz.
Algumas salas ao lado, o trompista português Paulo Guerreiro lançava mão de uma abordagem parecida. "Se nós transmitirmos energia menos positiva para o universo, as pessoas vão ser piores para nós e o universo vai nos dar energia menos positiva", conta, para uma pequena e atenta turma de estudantes.
Para Guerreiro, trabalhar a parte psicológica dos alunos é mais importante do que transmitir técnicas quando se trata de um festival. "Em dez dias é impossível, por mais informação técnica que eu possa transmitir, que eles evoluam", explica. "Obviamente, alguma evolução tem, mas não há tempo suficiente de estudar para no dia seguinte trazerem alguma novidade. Mas, se eu trabalhar a parte psicológica deles, isso é uma coisa que fica."
De acordo com a organização, 100 professores de 15 países virão a Curitiba até o fim da Oficina de Música para ministrar 107 cursos nas duas etapas (erudita e popular). A organização espera receber 1,5 mil alunos.
Alunos
Quanto aos estudantes, os objetivos são variados. Os cursos são frequentados por pessoas de perfis que vão desde jovens aspirantes a músicos de orquestra a profissionais que buscam uma formação específica.
O primeiro é o caso da estudante de violino Larissa Wolf, de 14 anos. Ela veio de Rio Negro, no sul do estado, para integrar a turma de violino do professor francês Nathaniel Vallois.
"Acabamos aprendendo mais sobre música e conhecendo sobre os violinistas que vêm de fora", explica a estudante, para quem o ambiente de interação com outros alunos traz ânimo para os estudos. "Como quero seguir carreira de violino, vou ter de treinar mais com orquestra. A Oficina vai ajudar nisso", diz.
Já Lúcio Portela, que veio de Belo Horizonte (MG) pela terceira vez para a Oficina de Música de Curitiba, é músico profissional há 30 anos, com experiência em orquestras. Mas há três resolveu se dedicar ao oboé barroco, um instrumento diferente de seu similar moderno, que exige uma formação específica ainda pouco disponível no Brasil. Na Oficina, Portela está tendo aulas com o argentino Diego Nadra, especialista em interpretação histórica do repertório barroco. "Viajo muito para Europa e Estados Unidos para estudar, porque esta coisa da música barroca ainda é um pouco devagar por aqui", disse o músico.
De acordo com Portela, o aproveitamento da Oficina vai além de seus poucos dias de curso. "Vamos reunindo informações como camelo tomando água. Vamos digeri-las depois, por bastante tempo."
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