Médicos, curandeiros, pajés e xamãs coloriram o encerramento do carnaval paulistano no desfile da Império de Casa Verde, que trouxe em seu samba-enredo o tema "Para todo mal, a cura". Até mesmo a civilização egípcia e terapias orientais foram lembradas pela escola na caminhada pela avenida já no início da manhã de domingo.
A comissão de frente trouxe xamãs em ritual de cura que abriu o desfile com demonstração dos poderes do espírito da natureza. Em seguida, odaliscas enfeitaram uma das alas com a dança da fertilidade antes de dar passagem ao carro abre-alas dos Jardins Suspensos da Babilônia guardados por dois grandes tigres, animal que é um dos símbolos da escola.
O tema da mumificação dominou todo o segundo carro alegórico da escola que trouxe ainda um faraó sendo submetido ao procedimento de conservação do corpo antes de seguir para o sarcófago. Os membros da bateria, comanda pelo mestre Zoinho, que fizeram uma apresentação sem incidentes, também estavam vestidos de múmia.
A porta-bandeiras Jeniffer e o mestre-sala Marquinhos vieram fantasiados de Nabucodonosor e Mirtes, que vestia uma saia de 40 quilos com a miniatura dos jardins babilônicos. As alas seguintes foram tomadas pela representação do poder de cura dos egípcios, com carnavalescos vestidos de Deusa Isis e Deus Ra. Um dos carros alegóricos fez referência à medicina oriental, destaque para o símbolo do Yin and Yang, que representa o equilíbrio.
O Império levou ao sambódromo aproximadamente 2.500 componentes em 24 alas e cinco carros alegóricos. A rainha de bateria foi Valesca Reis. Tradicional por alegorias superdimensionadas, neste desfile apresentou um carro de 70 metros, sendo que a média é de 30 a 40 metros.
A agremiação ficou em 11º lugar no carnaval de 2012 com o enredo "Na ótica do meu Império, o foco é você!". O último título foi conquistado em 2006 com o enredo "Do Boi Místico ao Boi Real - De Garcia D´Ávila na Bahia ao Nelore - O Boi que come capim - A Saga pecuária no Brasil para o Mundo", contando a história da pecuária no Brasil.
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