O Halloween, antigo festival celta ou apenas um recurso publicitário norte-americano, dependendo do ponto de vista, está agonizando na França após uma breve aparição, disse a mídia francesa na terça-feira.

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"O Halloween está praticamente enterrado", escreveu o jornal Le Monde, citando Benoit Pousset, chefe da empresa de fantasias César, que atribuiu o fim do festival na França a uma "reação cultural ligada ao aumento do antiamericanismo" na França.

"Nossas vendas de Halloween vêm caindo pela metade todos os anos desde 2002", disse Franck Mathais, da loja de brinquedos Le Grande Recre, ao jornal.

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Um grupo denominado "Non a Halloween" foi criado para lutar contra a festa, que é vista como uma intrusão instigada por interesses puramente comerciais.

"Já não há um motivo para a existência do grupo", disse o ex-presidente Arnaud Guyot-Jeannin à Reuters.

Acredita-se que o Halloween foi criado como um festival de agricultura celta antes de se associar com a noite anterior ao festival cristão de Todos os Santos, realizada em 1º de novembro.

Durante o século 20, o festival ganhou força nos Estados Unidos, sendo celebrado com rostos esculpidos em abóboras e crianças vestidas de fantasmas, exigindo "Doces ou Travessuras" de quem encontravam pela frente.

Introduzida na França durante os anos 1990, a festa provocou forte oposição de muitas pessoas que a taxaram de artificial e comercial, e o festival nunca chegou a decolar no país. A igreja católica era particularmente cética.

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O jornal Le Parisien pintou uma imagem desolada de abóboras abandonadas e exibições melancólicas em vitrines de isolados restaurantes, e declarou que o "Halloween morreu."

"O Halloween era um golpe publicitário visando especialmente às crianças. É um grande festival de consumismo na venda de fantasias, máscaras e brinquedos e não poderia durar para sempre", disse Guyot-Jeannin.

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