| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Serviço

Confira o horário de funcionamento de cada espaço e saiba um pouco mais sobre cada um deles:

Livraria Danúbio

Alameda Prudente de Moraes, 1239 - Batel Soho, (41) 3324-1784. Segunda a sexta-feira, das 10h30 às 19 horas. O acervo da livraria mistura novos e usados (alguns custam cerca de R$ 5). Tem um café e serve chá da tarde das 15 às 18 horas.

Poetria Livros e Arte

Avenida Vicente Machado, 865 – Batel, (41) 3046-3036. Segunda-feira a sábado, das 10 às 19 horas. Foca em títulos de literatura, sobretudo brasileiros, e autores locais. Realiza cursos, exposições e lançamentos de livros. Tem café.

Livraria Arte & Letra

Alameda Presidente Taunay, 40 – Batel, (41) 3039-6895. Segunda a sábado das 10 às 20 horas. Tem livros mais raros dentro do catálogo das editoras, escritores paranaenses, literatura fantástica e títulos da editora homônima. Realiza palestras, laçamentos, encontros e cafés da manhã com desconto em títulos selecionados. O café funciona no mesmo local.

Navegadores

Rua Coronel Dulcídio, 540 – Batel, (41) 3222-4797. Segunda a sábado das 9 às 19 horas. Direcionada ao público infantil, tem livros de literatura para crianças, títulos de editoras portuguesas e produtos de papelaria. Realiza contação de histórias e aniversário no local, incluindo salgados, doces e atividades lúdicas.

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A Arte & Letra funciona há um ano e meio em uma casa, nos fundos de uma galeria de arte, e virou ponto de encontro de escritores e artistas da cidade
A Livraria Danúbio traz em sua decoração elementos de lojas estrangeiras de Paris e Buenos Aires, pesquisadas pelo dono, Diogo Fontana
A Danúbio abriu há mais de 40 dias, na Alameda presidente Taunay
Café e chá da tarde são servidos de segunda a sexta-feira na livraria
O caixote com alguns títulos usados ficam ao lado de fora. Por enquanto, nenhum livro foi surrupiado
Diogo Fontana, idealizador da Danúbio:
A Navegadores é direcionada ao público infantil, e realiza atividades como aniversários e contação de histórias
Aberta em outubro de 2012, Poetria tem acervo focado na literatura e títulos nacionais
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Em pouco mais de um ano e meio e em um raio menor do que dois quilômetros, três livrarias de rua que abriram em Curitiba, cujas vitrines, ao contrário de lojas das grandes redes, são bastante diferentes entre si, investiram na conquista de leitores que querem muito mais do que um best seller. Há exatamente 40 dias, outro empresário, Diogo Fontana, resolveu se aventurar nessas mesmas ruas entre o Centro e o Batel e abriu, na charmosa e arborizada Alameda Prudente de Morais, a Livraria Danúbio, fechando o "quarteto" de livrarias que acham que kindles e afins não chegam nem aos pés de um bom livro de papel.

SLIDESHOW: Veja fotos da Danúbio e de outras livrarias

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Com uma decoração delicada, cheia de referências de livrarias estrangeiras, que Fontana pesquisou com a ajuda da mãe, Ana Dalgiza de Almeida Fontana, a Danúbio mistura títulos novos, importados (há várias obras de editoras portuguesas) e usados, distribuídos em um espaço específico da loja e também em um caixote de madeira na calçada, junto com as mesas para o café (que fica junto com a livraria). "Decidi unir novos e usados pois não tinha visto em lugar nenhum. Muita coisa aqui na livraria ainda é teste", frisa Fontana, que é auxiliado pelo único funcionário, Dyan Soares, de 18 anos, contratado após bater na porta da Danúbio pedindo emprego.

Fontana acredita que as pequenas livrarias de rua ajudam o leitor a passar tempo no espaço. Coisa que o livro digital jamais fará, declara, enfático. "Conheço gente que tem mais de mil livros no kindle e leu cinco." Para a surpresa dele e de muitos, adolescentes que não tiram o iPhone da mão andaram procurando clássicos do vestibular, facilmente encontrados na internet.

"Até essa geração diz que acha melhor ler no papel", relata o empresário, que teve no primeiro mês um faturamento que era esperado para após quatro meses.

Para Thiago Tizzot, sócio da livraria Arte & Letra – que, antes de ganhar uma sede ampla funcionou por cinco anos junto com um café e hoje é ponto de encontro de artistas e escritores da cidade –, a livraria de rua promove a aproximação do leitor/cliente porque resgata o papel do livreiro, "da pessoa que pesquisou e vai lhe indicar o título. Esse é o diferencial", acredita.

Sobrevivência

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Por outro lado, manter o negócio não é fácil, pois é necessário relembrar as pessoas constantemente para que saibam que existe vida, e livrarias, além do shopping. É a opinião de Tizzot. Ele, Fontana e o casal Luís Felipe Jacobsen e Cláudia Menegatti, donos da Poetria, aberta em outubro do ano passado, investem no lançamento de livros, cursos e palestras para deixar o espaço em constante movimento. "Financeiramente, sentimo-nos participando de um movimento paralelo às tendências de consumo rápido e impessoal. Por isso, sabemos que nossos desafios ainda serão grandes", salienta Cláudia.

A Navegadores, direcionada ao público infantil e idealizada por Marco Antônio Busetti e pela esposa, Rossana, faz contação de histórias e aniversários, e pretende realizar convênios com escolas. "Só da venda, não sobreviveríamos."

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