Para quem havia se esquecido da existência dos Backstreet Boys, o quarteto americano dá o recado: está de volta à ativa e cheio de energia. Além dos dois shows que a boy band faz no Brasil esta semana - nesta quinta (5) no Credicard Hall, em São Paulo, e sábado (7) no Citibank Hall, no Rio de Janeiro - o grupo ainda prepara um álbum de inéditas que pode sair até o fim deste ano.
Em entrevista ao G1 por telefone, o cantor A.J. McLean se diz "muito animado". "Esperamos pacientemente para voltar e ver se vai ser tão caótico como quanto da outra vez que estivemos no Brasil ou se vai ser mais tranquilo", comenta, referindo-se às apresentações de 2001.
E promete: "Serão quase duas horas de show, com provavelmente 75% de hits e o resto de músicas mais novas. Nós dançamos o show inteiro. Tem muita interação com os fãs. Vai ser divertido, e acho que o público vai gostar."
O que vocês têm feito ultimamente?
A.J. - Trabalhamos em estúdio desde o início de janeiro, e fizemos uma pausa para terminar a turnê 'Unbreakable'. Devemos voltar ao estúdio ainda em março para finalizar as gravações do novo álbum de inéditas no início de junho. O primeiro single deve sair em julho ou agosto. Em seguida, a gente volta à estrada para uma nova turnê.
E como vai ser o disco novo?
Somos nós sendo nós mesmos. Há ótimas melodias e harmonias. Estamos trabalhando com novos compositores e produtores, entre eles o rapper T-Pain e Ryan Tedder. Todos deram ótimas idéias para o álbum, e posso dizer que este trabalho definitivamente marca nosso retorno às raízes. A principal mudança é a produção, que está mais rítmica. Posso adiantar que tudo o que foi feito até agora ficou muito legal.
Como vai a sua carreira solo?
Tive de parar um pouco por conta da turnê e do novo álbum do Backstreet Boys. Mas provavelmente terei duas ou três canções prontas este ano. Os outros caras da banda ouviram e gostaram muito. Acho que um disco solo dá uma boa dimensão de quem eu sou como indivíduo fora do grupo.
Durante a pausa, o grupo sempre esteve confiante de que voltaria um dia?
Sim, com certeza. Os fãs são apaixonados, sempre nos deram apoio, queriam ouvir músicas novas, ver nossos shows. Adoramos viajar e queríamos gravar um disco o quanto antes. Estamos em turnê por quase um ano agora e tem sido incrível. Se não estivéssemos nos divertindo, não teríamos voltado.
Vocês começaram a carreira cedo. Há algo de que se arrependa?
Sinto que me tornei a pessoa que sou hoje por causa do que fui quando eu era jovem. Acho que amadureci mais rápido do que os outros, mas apesar disso, sou muito feliz por ter tido tantas experiências, como ter viajado pelo mundo todo. Isso é algo de que eu não me arrependo e não mudaria nunca.
Havia algum tipo de competição com os integrantes do NSync nos anos 90?
Eu frequentei a escola com um deles e o conheço há muitos anos. Havia uma competição saudável com eles. Mas a verdadeira competição era de cada um consigo mesmo, tentando ser o melhor que poderíamos. Tínhamos o mesmo empresário, a mesma gravadora, sempre desejamos sucesso ao NSync ou ao New Kids on the Block. Nós éramos mais críticos em relação ao nosso próprio trabalho.
Quem você acha que são seus fãs hoje? As mesmas garotas, só que um pouco mais velhas, ou pessoas que estão conhecendo o grupo agora?
Acho que um pouco dos dois. Tem muitas pessoas mais velhas, e que agora levam os irmãos e irmãs junto nos shows. E gente que ouviu os álbuns mais recentes e gostou. Vemos tantos rostos jovens quanto mais velhos nas apresentações. A gente nunca fez música específica para um determinado grupo, nossas canções são para todo mundo, dos 5 aos 85 anos.
Já tiveram algum problema com fãs obcecadas?
Apenas algumas garotas que entram no ônibus, ou no camarim, no backstage... Nunca nos fizeram nada assutador ou ameaçador, espero que isso nunca aconteça. Sempre tem uma ou outra que passa mais dos limites. Mas, contanto que todos fiquem seguros, isso é o que importa.
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