Programe-se
Festival Varilux de Cinema Francês
De 10 a 16 de abril.
Curitiba
Espaço Itaú de Cinema (Shopping Crystal R. Comendador Araújo, 731, Batel) e no UCI Shopping Estação (Av. Sete de Setembro, 2.775, Centro).
Londrina
Cinesystem Londrina Norte Shopping (Av. Américo Deolindo Garla, 224) e Lumière Royal Plaza Shopping (Rua Maranhão, 240). Veja a programação completa.
Maringá
Cineflix, Maringá Park Shopping (Avenida São Paulo, 120). Veja a programação completa.
Comédia
Eu, Mamãe e os Meninos, o grande vencedor do Cesar
Guillaume Gallienne. Guarde este nome. Em um ano em que se falou muito de O Azul É a Cor Mais Quente, polêmico longa-metragem de Abdellatif Kechiche que venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes, seu filme Eu, Mamãe e os Meninos atropelou toda a concorrência e sagrou-se o grande vencedor do Cesar, Oscar do cinema na França, com cinco estatuetas.
O mais notável é que Gallienne não apenas dirigiu, mas escreveu e protagonizou a comédia, vivendo tanto o protagonista, que também se chama Guillaume, quanto a sua mãe.
Com evidente inspiração do espanhol Pedro Almodóvar, o longa gira em torno da crise de identidade vivida pelo personagem central: ao contrário do irmãos, que adoram esportes radicais e programas populares entre os garotos, ele se vê como uma extensão de sua mãe, mulher de personalidade forte com quem se identifica em vários aspectos.
A busca de Guillaume por sua verdade, narrada como um monólogo teatral (o filme é a adaptação de um texto de Gallienne), o leva a fazer um intercâmbio de verão hilariante no sul da Espanha, onde aprende a dançar flamenco, e a estudar em um colégio interno na Inglaterra. GGG
Chega amanhã a 70 salas de exibição, espalhadas em 45 cidades de todo o país, incluindo Curitiba, Londrina e Maringá, o Festival Varilux de Cinema Francês. Até 16 de abril, será exibido, em sessões diárias, um cardápio bastante diversificado de produções recentes do país europeu em formato de hexágono. Entre os 16 títulos selecionados, nem todos são falados no idioma de Molière: Uma Viagem Extraordinária, novo filme de Jean-Pierre Jeunet, por exemplo, tem diálogos em inglês, e conta uma história que se passa nos rincões dos Estados Unidos. Mas a inconfundível marca estética e autoral do diretor de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, que estará no Brasil para o evento, está lá.
Entre os destaques da mostra, que tem como objetivo difundir a produção audiovisual francesa no Brasil, está o aguardado Yves Saint Laurent, cinebiografia do célebre estilista, que morreu em 2008, aos 71 anos. Quem assina o filme é Jalil Lespert, ator do elogiado Recursos Humanos e também diretor. O longa, que fará a abertura oficial do festival no Rio de Janeiro amanhã à noite, com a presença do realizador, acompanha a história do designer (Pierre Neney), um dos revolucionários da moda no século 20, desde o início de sua carreira, em 1958. O longa, como não poderia deixar de ser, também retrata seu relacionamento profissional e amoroso com o sócio, Pierre Berge. Quem faz o papel é Guillaume Gallienne, astro e diretor do grande fenômeno de bilheteria Eu, Mamãe e os Meninos, que neste ano lhe deu cinco Cesars, prêmio máximo do cinema francês, inclusive nas categorias de melhor filme e ator, entre outros.
Outros títulos bastante aguardados na mostra em 2014 são a comédia Uma Juíza sem Juízo, de Albert Dupontel, estrelada por Sandrine Kiberlain, vencedora do Cesar de melhor atriz; e o drama O Passado, do cineasta iraniano Asghar Farhadi, ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2012, com A Separação (veja a programação completa no Guia Gazeta do Povo).
Além de Jeunet e Lespert, estará no Brasil durante o festival a atriz Isabelle Huppert, presente em dois filmes, Uma Relação Delicada, de Albert Dupontel, e Um Amor em Paris, de Marc Fitoussi, que também participará do evento. Completam a delegação francesa a consagrada atriz e diretora Nicole Garcia. A estrela do clássico Meu Tio da América (1980), de Alain Resnais, que morreu no mês passado, traz ao Brasil seu novo longa como realizadora, Um Belo Domingo, uma história de amor que também fala de educação (o protagonista é um professor), conflito entre classes sociais e preconceitos raciais na França contemporânea.
Marcam presença, ainda, os cineastas Philippe Claudel (do belo Antes do Inverno, com Daniel Auteuil) e os diretores Jean-Marie Larrieu (do drama O Amor É um Crime Perfeito), com Mathieu Amalric (de O Escafandro e a Borboleta), e Laurent Tuel, da comédia sobre ciclismo A Grande Volta.
Em Curitiba, as sessões vão acontecer no Espaço Itaú de Cinema e no multiplex UCI do Shopping Estação.
Drama
O Passado explora tensões familiares
De Asghar Farhadi, mesmo cineasta do excepcional A Separação, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2012, O Passado conta a história do iraniano Ahmad (Ali Mosaffa), que retorna a um subúrbio de Paris. Ele pretende, com essa volta, finalizar o processo de divórcio de sua mulher, Marie, vivida pela francesa Bérénice Bejo (de O Artista), que venceu o prêmio de melhor atriz em Cannes no ano passado.
Ao chegar, Ahmad descobre que Marie se envolveu com um imigrante árabe, Samir (Tahar Rahim), cuja mulher está em coma. A situação é complicada porque Lucie (Pauline Burlet), a filha mais velha de Marie, se recusa a aceitar a nova relação da mãe e desconfia que ela tenha algum envolvimento com o que aconteceu à esposa de Samir.
Indicado ao Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, O Passado, assim como A Separação, tem um roteiro preciso, que explora muito bem a complexidade dos personagens em uma trama surpreendente. É um dos destaques do Varilux neste ano. GGGG
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