Destaque nos últimos festivais internacionais, o cinema sul-coreano vem apresentando uma leva de novos diretores com trabalhos muito interessantes. Um dos principais nomes da atualidade do país asiático é o cineasta Chan-wook Park, que teve lançado este ano no Brasil o filme Oldboy, produção já disponível nas locadoras.

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O longa é segunda parte de uma trilogia do diretor, que tem como tema principal a vingança. A inusitada trama fala de um homem, Oh Dae-su (intepretado por Min-sik Choi), que é seqüestrado e passa 15 anos preso sem saber por que em uma cela-apartamento. Para matar o tempo, ele fica vendo tevê e treinando artes marciais. Quando é solto, parte em busca dos responsáveis por colocá-lo no cativeiro.

Park apresenta um inventivo roteiro cheio de reviravoltas para o espectador, cada uma mais surpreendente do que a outra na resoução do mistério da prisão de Dae-su – a história é baseada em um manga japonês. A ação equilibra ritmos frenéticos e acelerados com momentos de pura contemplação, com planos e edição modernos.

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O que mais chama a atenção são as cenas de luta – vale lembrar da seqüência do corredor, quando o personagem central enfrenta uma gangue munido apenas de um martelo: parece videogame, aqueles jogos clássicos de brigas de rua. A pancadaria impera em boa parte do filme, mas a violência de Oldboy não é gratuita, tem suas justificativas explícitas na trama de vingança – os fãs do cinema de Quentin Tarantino (Kill Bill, Pulp Fiction) vão perceber sua nítida influência no trabalho do coreano; o diretor americano, por sua vez, também é muito influenciado por este tipo de produção, tanto que é um dos maiores fãs de Oldboy e fez Cannes conceder um prêmio especial ao filme no ano passado, quando comandou os trabalhos do júri do evento.

Umas das melhores produções a passar nos cinemas brasileiros este ano e considerada uma das mais importantes do ano passado no mercado internacional, Oldboy tem tudo para se tornar mais um filme cult com o passar do tempo. Qualidades não lhe faltam. Agora é torcer para que as outras duas partes da trilogia também sejam lançadas no Brasil. GGGGG