Quem já foi em algum show do Iron Maiden sabe que os momentos altos são quando todo o público acompanha, aos gritos, os solos de guitarra do trio Dave Murray, Adrian Smith e Janick Gers.
"Fear of The Dark" ou "The Number of The Beast" são os preferidos. Mas quase todas as músicas da banda dos anos 80 até meados da década seguinte têm potencial para fazer qualquer arena balançar. Para a infelicidade dos fãs do heavy metal do grupo conhecido como Donzela de Ferro, isso não acontece mais. E o disco recém-lançado, "The Final Frontier", é uma prova disso.
É compreensível pensar que os caras já estão na estrada há mais de 30 anos - o primeiro disco, homônimo, foi lançado em 1980 -, e que por isso, talvez, tenha acabado o gás para criar novas composições e, principalmente, poderosos riffs. Mas quem cresceu ouvindo os sucessos da banda ficará decepcionado com o novo disco. Em "The Final Frontier", quase tudo traz uma sensação de "já ouvi isso antes". Essa, porém, não é a pior fase vivida pelo grupo.
Quando o vocalista Bruce Dickinson saiu e foi substituído por Blaze Bayley, em 1994, a banda quase acabou. Os dois discos seguintes, "The X Factor" (1995) e "Virtual XI" (1998) foram destruídos pela crítica e pelos fãs. A redenção aconteceu em 2000 com o lançamento do disco "Brave New World", com a volta de Dickinson. Mas nunca mais manteve a excelência. Veio o insosso "Dance of Death", de 2003, sucedido pelo bom "A Matter of Life And Death", três anos depois.
Após a turnê mundial deste disco, a banda inglesa liderada pelo baixista Steve Harris excursionou com Somewhere Back In Time World Tour, que passou duas vezes pelo Brasil, em 2008 e 2009, e revisitava todos os clássicos do grupo. Por isso, não é surpresa a grande expectativa pelo novo disco da banda. "The Final Frontier", ao ser analisado separadamente do resto da extensa discografia da banda - este é o 15º disco de inéditas -, tem qualidade. Nenhum grande hit, mas também nenhuma faixa que "obrigue" o ouvinte a parar. Apesar de tudo, os ingleses já estão em nova turnê. Se as músicas novas não empolgam tanto, Harris e companhia sempre podem animar as multidões com um dos clássicos da banda. E isso, com certeza, eles têm de sobra.
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