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A atriz Rosane Gofman interpreta Golda Meir diante de um cenário de inúmeras faces de Israel | Guga Melgar/Divulgação
A atriz Rosane Gofman interpreta Golda Meir diante de um cenário de inúmeras faces de Israel| Foto: Guga Melgar/Divulgação

A temática de A Varanda de Golda, que tem apresentações de sexta a domingo no Teatro da Caixa (Veja o serviço completo da peça no Guia Gazeta do Povo) até pode deixar quem não tem bandeira política com o pé atrás. Afinal, trata da vida da primeira-ministra israelense Golda Meir (de 1969 a 1974) e seus dilemas como governante de um país cuja política interna e externa costuma provocar debates acalorados.

Vista como produto cultural, porém, a peça representa uma ótima oportunidade para justamente conhecer mais sobre o assunto. O monólogo escrito pelo norte-americano William Gibson tem atuação de Rosane Gofman e direção de Ary Coslov, um dos cinco diretores da novela Fina Estampa – ele representa uma garantia de que as soluções cênicas são, no mínimo, interessantes.

As fotos do espetáculo sugerem mais que isso: a iluminação elaborada e o cenário brilhante contribuem para contar com agilidade uma parte da história de Israel: o período da guerra do Yom Kippur, quando Golda Meir, apesar de sua ética construída nos pacíficos kibutzim (comunidades produtivas de Israel), levou adiante planos de armamento pesado para o país, com o fortalecimento dos laços com os Estados Unidos.

"Para quem gosta de teatro, independentemente de ser ou não judeu, a peça tem um grande atrativo", garante Coslov, que conversou com a Gazeta do Povo por telefone. "O texto é extremamente bem escrito e inteligente. Ele foge um pouco da coisa puramente biográfica, embora seja recheado de dados da vida de Golda. Mas Gibson criou uma partitura teatral bastante interessante, inclusive com um truque dramatúrgico", promete, referindo-se a "um momento intenso da peça" – sem revelar mais detalhes.

Atuação

Depois da estreia em agosto, no Rio de Janeiro, Rosane sofreu um acidente e a peça foi interrompida, já que sua substituição sequer foi cogitada. "A atriz é excepcional, e, além disso, participou do projeto desde o início."

"É muito difícil interpretar uma personagem que existiu, ainda mais uma grande mulher como a Golda. É uma peça difícil, com muito texto, e traz um certo medo mesmo, mas estou alucinada com esse trabalho, apaixonada pelo diretor e isso me dá tranquilidade para enfrentar a responsabilidade de interpretar alguém tão importante para a história mundial", diz a atriz no material de divulgação do espetáculo.

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