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Luiz Fernando Guimarães e Fernanda Torres vivem o bagunçado casal de Os Normais | Divulgação
Luiz Fernando Guimarães e Fernanda Torres vivem o bagunçado casal de Os Normais| Foto: Divulgação

Lá fora

Veja algumas séries norte-americanas que já viraram filme:

• Os Simpsons: (2007)

• As Panteras: (2000 e 2003)

• Miami Vice: (2006)

• Sex and the City: (2008 e 2010)

• Veronica Mars: (em breve)

Comum nos Estados Unidos, a transição de seriados para o cinema é cada vez mais frequente no Brasil. E, embora não necessariamente um bom programa de tevê vire um filmaço, o público parece aprovar o trajeto. Lançado em 2003, Os Normais, derivado da série homônima estrelada por Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães, levou 2,9 milhões de espectadores ao cinema. O sucesso rendeu a sequência Os Normais 2 – A Noite Mais Maluca de Todas, seis anos depois, em 2009. A terceira parte do longa já está entre os planos do do diretor José Alvarenga Jr. e dos autores Fernanda Young e Alexandre Machado.

"A gente tem um pré-roteiro escrito, e a história é incrível porque é um falso documentário sobre o que aconteceu com Rui e Vani. Então temos 50 milhões de versões, a linguagem é de documentário e é bem sacado. A questão é conciliar o tempo de todo mundo", adianta Alvarenga.

O diretor conta que a ideia inicial de levar as histórias de Rui e Vani para as salas de cinema veio do produtor Bruno Wainer, na época executivo da Downtown Filmes.

"Bruno achou que renderia uma boa comédia e quis investir dinheiro no projeto. Se não fizéssemos, ficaríamos culpados. E foi daí que saíram as bases para a nova comédia brasileira, que está enchendo os cinemas agora", valoriza ele, que, na tevê, dirigiu séries como A Diarista, Divã, Macho Man, Força Tarefa e O Dentista Mascarado.

Alvarenga diz que, embora a tela grande possibilite novas experimentações – algumas até impensáveis na tevê – o essencial é saber diferenciar cada mídia para que o filme não seja simplesmente "um episódio mais longo do que é exibido na tevê".

"Enquanto o produtor já sabe que há um público testado ali, o diretor precisa ter consistência e ser capaz de separar as linguagens. O importante é que a qualidade de cada veículo seja preservada", analisa.

Linguagem

Foi esse know how que Alvarenga levou para Cilada.com. E deu certo. O filme, de 2011, angariou quase 3 milhões de espectadores. As situações já vividas por Bruno Mazzeo nas seis temporadas da série do Multishow foram esquecidas, e o roteiro, que parte da mesma premissa, priorizou uma história romântica, pouco vista nos 53 episódios.

"Alvarenga me segurou em algumas expressões que funcionavam na tevê, mas que, na tela grande, poderiam soar exageradas", diz Mazzeo.

Segundo o ator , o desejo de levar seu Cilada para a tevê era antigo. E ganhou força, ele conta, após a produção de Muita Calma Nessa Hora, também de sua autoria. Porém, a continuação não está entre os planos do ator/autor, ele avisa.

"Estávamos entrando no cinema no mesmo momento em que me desinteressei em continuar fazendo o programa. A maior preocupação é mesmo não deixar parecer um episódio esticado. Isso seria até traição com o público. Filme baseado em seriado, acredito, deve ter algum diferencial. Nem que seja um tradicional antes e depois", analisa Bruno, que se prepara para a estreia de Muita Calma Nessa Hora 2, previsto para o fim do ano.

Lançado em 2007, A Grande Família – O Filme foi a segunda maior bilheteria daquele ano, perdendo apenas para Tropa de Elite. Com roteiro de Claudio Paiva e direção de Mauricio Farias – dupla também por trás de Tapas & Beijos –, a produção mantém os mesmos personagens do seriado que está há 12 anos no ar.

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