A série de TV 24 Horas inicia no domingo sua oitava temporada, mostrando um Jack Bauer que brinca ao lado da neta e se prepara para uma vida mais pacata com o que restou da sua família - e sorrindo, apenas pela segunda vez na história da premiada série do canal Fox.
Mas não por muito tempo. Em poucos minutos, o agente Bauer (Kiefer Sutherland) está involuntariamente de volta à ação, quando o governo dos EUA o convoca para desbaratar um complô contra um líder pacifista do Oriente Médio.
Ambientado em Nova York, o "dia oito" de "24 Horas" (cada episódio reproduz uma hora; cada temporada, um dia) parece novamente ecoar temas politicamente perigosos, embora os produtores digam que essa não é a missão prioritária do programa.
"Parece criar uma ressonância", disse o produtor-executivo Howard Gordon a jornalistas na segunda-feira. "Mas acho que antes e depois de mais nada estamos apresentando um programa de TV excitante."
A nacionalidade do líder ameaçado, vivido por Anil Kapoor (de "Quem Quer Ser Um Milionário?"), é mantida propositalmente vaga. "Quando você começa a nomear países passa a entrar em um território muito traiçoeiro. É afinal de contas um programa de aventura-fantasia", disse Gordon.
Voltam ao elenco neste ano Cherry Jones (no papel da presidente Allison Taylor), Mary Lynn Rajskub (Chloe O'Brian) e Annie Wersching (Renee Walker).
Sutherland disse que a incrustação de "24 Horas" na cultura popular global o surpreende. "Ele realmente se conectou às pessoas no mundo todo. O fato de que tenha na verdade se alinhado com as coisas no noticiário (inicialmente) nos pegou de guarda baixa. Mas Jack Bauer está na verdade fazendo alguma coisa, e acho que isso alivia muito do estresse que as pessoas sentem no nível cotidiano."
E aquele raro sorrisão nas primeiras cenas? "Foi bom fazer isso!", disse o ator, lembrando que o único sorriso anterior de Bauer havia sido na terceira temporada.
Sutherland, também produtor-executivo, disse que o papel do agente Bauer foi "um dos maiores presentes da sua vida", e que espera que a série se mantenha "enquanto as pessoas estiverem interessadas em nos assistir".
Mas às vezes o espectador passa dos limites na identificação entre herói e pessoa. "Sempre fico chocado quando as pessoas com as quais estou voando dizem que se sentem mais seguras no avião", disse ele.