Um juiz autorizou na quarta-feira um processo judicial em que a mãe de Michael Jackson acusa a produtora AEG Live de participação nas decisões médicas que levaram à morte do cantor.
A AEG pagava os honorários do médico Conrad Murray, que responde a um processo de homicídio culposo por ter administrado a overdose de analgésicos que levou Michael Jackson à morte, em junho de 2009, aos 50 anos de idade.
A juíza Yvette Palazuelos, da Corte Superior de Los Angeles, rejeitou na quarta-feira o pedido de arquivamento do processo feito pela AEG, subsidiária da empresa Anschutz Entertainment Group.
Mas a juíza disse que os advogados de Katherine Jackson, de 80 anos, precisarão apresentar provas de fraude, imposição negligente de perturbação emocional e conspiração civil.
Palazuelos antecipou ter dúvidas sobre a tese da conspiração civil, já que não há no processo detalhes mostrando que a AEG, que promoveria uma série de shows do cantor, se mancomunou com Murray para violar a lei.
Murray foi contratado para cuidar de Jackson durante os preparativos da turnê que marcaria o relançamento da sua carreira. "Se o objetivo era levá-lo a ensaios, não vejo isso como um ato errôneo ou ilegal", afirmou a juíza.
Marvin Putman, advogado da AEG, alegou que a empresa não teria como imaginar que Jackson morreria por causa de decisões tomadas pelo médico. A produtora argumentou também que "não escolheu nem contratou o dr. Murray", e que meramente negociou para "mantê-lo como um fornecedor independente".
A próxima audiência desse processo, que tem os três filhos de Jackson como coautores ao lado da avó, está marcada para 22 de março.
Num processo que corre paralelamente a esse, Murray deve ser julgado a partir de 28 de março, e pode ser condenado a quatro anos de prisão.
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