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O material bruto relativo aos ensaios que Michael Jackson fazia nos dias que antecederam à sua morte não será exibido ao júri no processo em que o médico particular do cantor é réu por homicídio, decidiu um juiz de Los Angeles na segunda-feira.

Os promotores queriam exibir cerca de 12 horas de vídeo para demonstrar que Jackson estava saudável na época em que morreu, vítima de uma overdose, em junho de 2009. Parte do material foi usada no filme póstumo "This Is It".

Os advogados do médico Conrad Murray, acusado de ter matado o cantor ao administrar-lhe uma dose excessiva do anestésico propofol, alegam que "This Is It" não é um retrato fiel da saúde de Jackson nos seus últimos dias.

A Sony Pictures, dona das imagens, argumentava por sua vez que a divulgação desse material inédito poderia reduzir o seu valor comercial. O estúdio disse ter exibido mais de cem horas de material bruto para advogados e para o juiz do caso.

Em sua decisão de segunda-feira, o juiz Michael Pastor disse que a exibição das imagens não ajudaria a defesa, e classificou com "perda de tempo" o material que ele viu.

Mas o júri terá acesso a clipes usados no filme, que mostram Jackson ensaiando para shows que ele faria em Londres.

Murray se declara inocente da acusação de homicídio culposo (sem intenção). O julgamento deve começar em setembro, e ele pode pegar até quatro anos de prisão.

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