A cineasta brasileira Julia Murat apresentou neste sábado (3) no 68º Festival Internacional de Cinema de Veneza seu filme "Histórias Que Só Existem Quando Lembradas".
O filme, que marca a estreia na ficção de Julia, filha da cineasta Lucia Murat, de "Quase Dois Irmãos", conta a história de decadência de uma pequena aldeia cuja população está totalmente envelhecida e imersa em uma rotina que é bruscamente interrompida pela chegada de uma jovem fotógrafa.
A história lembra o romance "Pedro Páramo" (1955), do mexicano Juan Rulfo, uma obra fundamental da literatura latino-americana.
"Queria destacar esse realismo mágico, especialmente 'Pedro Pàramo', que era a principal referência, mas também Gabriel García Márquez e um pouco menos (Jorge Luis) Borges", explicou a cineasta à Agência Efe.
Julia ressaltou que sua história reforça a necessidade de o ambiente rural atraia os jovens para sair dessa realidade de abandono na qual estão imersos.
A cineasta afirmou estar muito feliz por estar em Veneza e por apresentar nos próximos meses o mesmo filme nos festivais de Toronto, no Canadá, e San Sebastián, na Espanha.
A cineasta já tem em mente um próximo projeto, que ainda não sabe será cinematográfico ou um espetáculo de dança e que pretende mostrar relação entre o movimento e a quietude.
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Tensão aumenta com pressão da esquerda, mas Exército diz que não vai acabar com kids pretos
O começo da luta contra a resolução do Conanda
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas