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 | André Rodrigues/Gazeta do Povo
| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

Programe-se

Juliana Cortes

Teatro do Paiol (Lgo. Guido Viaro, s/nº), (41) 3213-1340. Hoje e amanhã, às 21 horas. R$ 20 e R$10 (meia-entrada). Sujeito a lotação.

A cantora curitibana Juliana Cortes lança seu primeiro álbum, Invento com shows hoje e amanhã, às 21 horas, no Teatro do Paiol. Ao lado de Ronaldo Saggiorato (baixo), Luis Otávio Almeida (guitarra) e Vina Lacerda (percussão), a banda que a acompanhou nas gravações, além do pianista Fábio Cardoso, Juliana interpreta canções de compositores do Sul do Brasil em arranjos que combinam jazz, rock e gêneros da música latina como milonga, candombe, tango e chacarera.

A maior parte do repertório é da lavra do gaúcho Vitor Ramil (incluindo o poema musicado de Paulo Leminski "Velho Leon e Natália em Coyoacán"). O cantor e compositor é autor do conceito de "estética do frio", que inspirou um show em parceria com a curitibana no ano passado, também no Paiol. O primeiro álbum de Juliana é um desdobramento das ideias daquela apresentação, acrescidas da leitura da cantora sobre o que poderia ser uma estética curitibana.

"O disco transcendeu um pouco a primeira ideia", diz Juliana, em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo. "Ele tem a grafia Invento no sentido de invenção. Estou tentando inventar o que poderia ser esta estética a partir das visões que tenho da música de Curitiba."

Invento

O experimento de Juliana Cortes tenta cruzar a estética da canção do Cone Sul com a "escola" de música contemporânea de Chico Mello (autor de "Achado", que tem letra de Carlos Careqa), o rock e a exuberância instrumental do jazz – cuja cena curitibana é uma das mais importantes do país. "Curitiba é muito plural na sua produção musical", diz Juliana. "Quis transcender esses caminhos e inventar uma coisa."

Em arranjos assinados por Ronaldo Saggiorato e Luis Otávio Almeida, o repertório do disco inclui composições de Alexandre Nero ("Filosofando") e do pernambucano Junio Barreto ("Santana") – único ponto fora da curva, responsável por conectar a música do Sul ao resto do país –, além dos argentinos Lisandro Aristimuño ("Tu Nombre Y El Mío") e Homero Manzi e Lucio Demare ("Negra María"). O show ainda inclui a canção paraguaia "Taheñoi", que acabou ficando de fora de Invento devido a um problema com direitos autorais.

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