O cantor espanhol Julio Iglesias afirmou em entrevista publicada neste sábado pelo jornal uruguaio "El País" que não se aposentará simplesmente porque "não saberia viver sem a música".
O intérprete, que já vendeu mais de 300 milhões de discos, também falou sobre a experiência de estar gravando seus maiores sucessos em formato digital, algo que considerou "incrível" pela simplicidade e rapidez proporcionada pelas novas tecnologias.
O novo disco será o primeiro de uma série de grandes sucessos e exigiu a tarefa de resgatar seu passado como intérprete, uma experiência que ele afirma ter adorado.
"Se fosse modesto diria uma mentira. Mas a verdade é que adorei. Gostei de dizer que sempre há por que viver, por que lutar. E que o amor não tem idade. São palavras muito simples que cantadas de forma mais ou menos boa foram sucessos universais", disse.
Nesse sentido, Iglesias considerou que só agora se considera "tecnicamente" um cantor e reconheceu certa "vergonha" por alguns de seus discos do passado.
O veterano cantor destacou também que não acredita ser uma pessoa que nasceu para ser artista e lembrou que seu trabalho e seu consequente sucesso foram obra do acaso.
"Minha circunstância foi um acidente. Eu jogava futebol, mas não era bom, estudava Direito, mas também não gostava, e quando estava internado me deram um violão. Isso movimentou minha vida. Depois fui a um festival e ganhei", contou.
Iglesias também frisou o papel do esforço para alcançar o sucesso, mas evitou criticar os artistas que atualmente só buscam a fama antes de tentar fazer um bom trabalho.
Além disso, o cantor se mostrou orgulhoso pela carreira artística de seu filho Enrique. "Meu filho Julio também me surpreendeu porque fez um programa de televisão na Espanha com o melhor índice de audiência. Pergunto-me se são os meus genes que estão ali", brincou.
Por fim, o músico não escondeu a alegria por ser o artista latino que vende mais discos em uma época na qual os discos parecem em perigo de extinção, apesar de reconhecer que não se importa com a pirataria.
"Não me incomoda que me pirateiem porque assim o disco chega mais barato a quem não tem dinheiro. Sou democrático desde que me pariram. Nasci protestando, em uma cesariana!", concluiu o cantor.
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