O Supremo Tribunal de Nova York autorizou os Beatles Paul McCartney e Ringo Starr, além dos herdeiros de George Harrison e a viúva de John Lennon, Yoko Ono, a entrar na Justiça contra a EMI e a Capitol por fraude e descumprimento de contrato.
A decisão havia sido tomada em 23 de agosto, mas somente nesta quinta-feira foi divulgada, informou o jornal espanhol "El Pais". A decisão é mais um passo na novela judicial que envolve US$ 25 milhões de dólares que os ex-beatles e seus herdeiros, além da empresa Apple Corps, exige por haver recebido nos anos 90 menos "royalties" por suas músicas que eles acreditam que mereceriam.
A Capitol e a EMI são acusadas de dar como perdidas ou estragadas gravações dos músicos que foram vendidas secretamente. O selo e a gravadora haviam argumentado à Justiça de Nova York que as provas apresentadas contra elas não tinham fundamento, mas a sentença considerou-as sólidas para que começasse a batalha legal. As provas são baseadas em uma auditoria feita em 1994 e 1995.
Além do dinheiro, os autores da ação também querem recuperar os originais da banda. Atualmente, a EMI detém os direitos autorais perpétuos das músicas. Mas se a justiça decidir que houve rompimento de contrato nesta ação, este direito também poderia ser questionado. A decisão foi anunciada, aliás, quando a BBC anunciou que uma pesquisa apontava "Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band" o melhor disco de todos os tempos. Da lista de dez álbuns escolhidos, há outros três do quarteto de Liverpool: "Revolver", "Abbey Road" e "O álbum branco".