Enquanto Bernardo Bertolucci volta a ser assombrado pelas acusações de Maria Schneider, outro cineasta renomado segue às voltas com um processo de abuso sexual que dura quase 40 anos. O Supremo Tribunal da Polônia rejeitou nesta terça (6) a reabertura do processo de extradição aos Estados Unidos do franco-polonês Roman Polanski.
Em 1977, Polanski foi processado nos EUA por ter violentado Samantha Geimer, à época com 13 anos de idade. O cineasta passou 43 dias na prisão e foi libertado sob fiança. Após se declarar culpado por “relações sexuais ilegais”, deixou o país antes do veredito.
Em 2014 a Justiça americana pediu sua extradição, negada pela primeira vez em 2015. Nesta terça foi rejeitado o recurso de cassação apresentado pelo ministro da Justiça da Polônia, Zbigniew Ziobro, o que encerra em definitivo o processo relacionado à extradição.
Polanski, hoje com 83 anos, ganhou o Oscar de melhor diretor em 2003 por “O Pianista”, mas não foi à cerimônia. Samantha Geimer já pediu que o caso seja encerrado em definitivo. “Às vezes penso que nós dois recebemos uma sentença perpétua”, disse.
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