Um pungente filme coletivo sobre os problemas da infância no mundo, "All the invisible children" (em tradução livre, "Todas as crianças invisíveis"), chamou a atenção da crítica e do público do 62º Festival de Veneza esta quinta-feira. O filme, idealizado pela italiana Chiara Tilesi, inclui oito cineastas famosos do mundo todo, entre eles a brasileira Kátia Lund, diretora de "Cidade de Deus" ao lado de Fernando Meirelles.
Os outros diretores são o sérvio Emir Kusturica, o argelino Mehdi Charef, o americano Spike Lee, os britânicos Ridley e Jordan Scott, o italiano Stefano Veneruso e o chinês John Woo. Ao todo, são sete curtas-metragens. Cada um narra uma história diferente sobre as deploráveis situações de crianças em várias partes do mundo.
Kátia Lund retrata em "Bilu e João" o dia-a-dia de um casal de crianças comerciantes que fazem de tudo para sobreviver às agitadas e perigosas ruas de São Paulo.
O diretor argelino Mehdi Charef narra em seu filme "Tanza" a terrível vida de uma criança de 12 anos envolvido em um exército informal, que supostamente luta pela liberdade de uma região africana.
Emir Kusturica conta em "Blue gipsy" a história de um jovem cigano que descobre ficar melhor dentro de uma prisão do que fora dela. Spike Lee nos apresenta em "Jesus Children of America" a angustiante história de uma adolescente, que descobre ser filha soropositiva de um casal de viciados.
Os britânicos Ridley e Jordan Scott dirigiram "Jonathan", um hipnótico drama sobre um fotógrafo de guerra que, motivado pelo que registrou, deve voltar à infância para se livrar do sofrimento.
Stefano Veneruso escreveu e dirigiu "Ciro", a história de um menino que vive entre o crime e o jogo na cidade de Nápoles. E, finalmente, John Woo narra em "Song song and little cat" a vida de duas meninas de diferentes classes sociais, que se encontram graças a uma terrível coincidência.
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