• Carregando...
Kboco em frente ao painel na entrada da galeria: diálogo com a arte urbana | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Kboco em frente ao painel na entrada da galeria: diálogo com a arte urbana| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

Exposições

Veja esta e outras mostras no Guia Gazeta do Povo

  • Obras de Kboco dialogam com o grafite, mas ele prefere não ser rotulado de artista urbano
  • O artista goiano em frente ao painel em frente da SIM Galeria, que abre a sua exposição individual
  • Artista, de 35 anos, já expôs pelo mundo e tem estúdio de trabalho próprio em São Paulo, onde vive desde 2005
  • Kboco também interviu nas paredes da SIM Galeria
  • Instalação em madeira foi montada com objetos encontrados por ele no lixo
  • Detalhe da instalação. Em cima dos materiais, ele interviu sutilmente com pinturas gráficas
  • Influência árabe é elemento bastante presente nos quadros do artista

Como muitos artistas, o goiano Márcio Mendanha Queiroz, o Kboco, começou a desenhar e pintar ainda criança, dando indícios do que provavelmente gostaria de fazer no futuro. A "rebeldia da juventude" fez com que ele migrasse para o grafite, dialogando com a rua. Nunca deixou uma ou outra coisa de lado. A união das duas vertentes é uma das características do seu trabalho, que poderá ser visto a partir de hoje na exposição Sarava’ Hotel, na SIM Galeria. É a primeira individual do artista em Curitiba (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

SLIDESHOW: Veja fotos de Kboco e sua exposição

Aos 35 anos, Kboco (nome artístico que faz referência à expressão caboclo, bastante usada em sua terra natal) tem uma galeria que o representa, estúdio próprio em São Paulo, onde vive desde 2005, e uma longa lista de países pelo qual passou, sendo expondo em galerias ou intervindo nas ruas. De todos os lugares, o México é o seu país preferido. "É a minha segunda casa, sinto saudades de lá."

A bagagem cultural que o artista agregou ao longo desses anos está claramente presente no conjunto de obras expostas na SIM. Além da influência da arte urbana, há algumas referências egípcias e árabes nos traços. Integra a mostra, ainda, a instalação F.M.S 17, que foi montada com portas, caixas e outros tesouros de madeira descobertos por Kboco no lixo.

O artista também pintou um grande painel na entrada da galeria, trabalho próximo da intervenção urbana. "Fiz algo para dar impacto, para a pessoa que estiver de passagem ter um elemento surpresa."

Estudo

Kboco não frequentou escola de arte, tampouco terminou o ensino médio. Aprendeu "fazendo e quebrando a cara." "Tem de ter insistência no erro, é assim que você vai construindo", diz acreditar. Para a família, o fato de o adolescente rebelde, que escutava "música estranha" e andava de skate não estudar foi um "desespero." A mãe abria o jornal, via cursos de desenho e pintura e o mandava fazer. Foi assim que ele teve contato com a história da arte e com a pintura tradicional, que até então achava "careta."

As portas para que Kboco começasse a consolidar uma carreira se abriram quando o Museu de Arte Moderna de São Paulo o chamou para uma mostra coletiva. Nunca mais deixou a cidade, pois o restrito espaço cultural de Goiânia, diz, jamais possibilitaria um crescimento. Aos poucos, conquistou o que queria: um trabalho que respeitasse o seu ritmo."Escolhi essa profissão por não precisar estar preso a algo."

Galeria

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]