Esqueça os personagens íntegros e simpáticos que fazem o que é certo. Kevin Spacey está convencido de que, como o político implacável e moralmente corrupto que ele interpreta no drama político House of Cards, da Netflix – série ganhadora do prêmio Emmy –, o anti-herói chegou para ficar.
“A terceira temporada explora o que acontece com essas pessoas quando elas de repente estão no centro máximo das atenções por serem presidente e primeira-dama”, disse Spacey. “Essa é uma dinâmica muito interessante para se começar a pesquisar.”
Quando a terceira temporada da série de transmissão online pela Netflix estreou em 27 de fevereiro, todos os 13 episódios foram imediatamente colocados à disposição dos assinantes, permitindo que milhões de fãs assistissem de uma vez a sequência da série que acompanha Spacey no papel do presidente Francis Underwood e Robin Wright como sua ambiciosa primeira-dama, Claire.
Como nas duas primeiras temporadas, nas quais o casal destruiu qualquer um que obstruísse seu caminho para a Casa Branca, os últimos episódios os mostram coniventes para consolidar sua base de poder presidencial.Underwood é personagem pelo qual o espectador se sente ao mesmo tempo repulsa e atração.
Spacey, de 55 anos, que ganhou Oscars por Beleza Americana e Os Suspeitos, atribui ao inovador drama policial Hill Street Blues, de 1980, bem como à série Os Sopranos, da HBO, com seu chefão mafioso, além de outros programas, a introdução na tevê de personagens anti-heróis.
“Parece-me que no momento que chegamos o caminho já havia sido muito bem pavimentado”, disse ele. “Acho que isso é o que o público está pedindo, E não o que nós somos. Isso é o que as pessoas querem.”
House of Cards fez história em 2013, quando se tornou a primeira série online a ganhar três Emmys e estabeleceu a Netflix como líder na produção original de entretenimento. O programa também propiciou ao público uma nova maneira de assistir a uma série, pelo serviço de streaming, e deu a escritores e atores um leque mais criativo para desenvolver personagens.
Wright, de 48 anos, que dirigiu um episódio da série atual, comparou o formato à produção de um filme de 13 horas. “É um romance que você, o público, pode pegar quando quiser, ler tantos capítulos quiser em qualquer formato, colocar de lado por seis meses e, em seguida, voltar a ele”, explicou. Spacey acredita que o formato está aqui para ficar.
“Criativamente, é o melhor que se pode obter”, disse ele. “Eu também acho que, queiram admitir ou não, os dias de programas com horário marcado estão ficando mais para trás de nós do que à nossa frente”.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast
Eleição para juízes na Bolívia deve manter Justiça nas mãos da esquerda, avalia especialista
Deixe sua opinião