A nova versão de ''King Kong'', de Peter Jackson, faturou US$ 66,2 milhões na sua estréia na América do Norte, um bom total para uma época em que todo mundo se dedica às compras de Natal, mas longe de quebrar recordes. O primeiro filme da trilogia de ''O senhor dos anéis'', "A sociedade do anel'' (2001), do mesmo diretor, faturou US$ 75 milhões na semana de estréia.
Os números de "King Kong" se referem ao período de quarta a domingo. Para o período de sexta a domingo, o faturamento estimado é de US$ 50,1 milhões. O longa também estreou em 55 mercados, com um faturamento estimado de US$ 80 milhões. Somando tudo, são US$ 146,2 milhões em cinco dias. O filme custou US$ 207 milhões, mas os custos de propaganda e marketing praticamente dobram este valor.
Os estúdios Universal não precisam perder o sono com a possibilidade de um prejuízo porque o dinheiro vai entrar por muitos caminhos diferentes, transformando King Kong numa marca tão lucrativa quanto "Guerra nas Estrelas" e "O Senhor dos Anéis". Nos próximos meses, os Estados Unidos e a Europa serão inundados por produtos com a chancela do gorilão.
Quem quiser ir para a cama com Kong poderá comprar lençóis, travesseiros, pijamas e roupão. No inverno, luvas, echarpes e chapéus, além de camisetas, cadernos, lápis, livros e mochilas. As crianças terão uma linha completa de personagens do filme, a Ilha da Caveira, réplica do Empire State Building com o macaco pendurado.
Os clientes da bandeira Mastercard terão o cartão Kong para aquelas coisas que tem preço, a Volkswagen vai fazer 5 mil carros do modelo Touareg com a chancela King Kong. O Burger King vai lançar o hambúrger de macaco...não, brincadeira, mas vai ter lanches especiais Kong. A Kellogs fabricará 18 milhões de pacotes de cereais, a Nestlé 10 milhões de barras de chocolate e caramelados para quem quiser ficar 'forte' como King Kong.
O longa teve boas críticas nos Estados Unidos, mas houve a ressalva da duração de três horas e sete minutos. Numa entrevista à revista "Rolling Stone", Peter Jackson, diz que ficou muito surpreso com a duração porque estimava que ficaria em torno de duas horas e 15 minutos.
O repórter da revista lhe cobrou uma declaração feita na época de "O senhor dos anéis", quando disse que não queria nunca mais fazer outro filme de três horas. "Isto continua valendo. Nunca mais quero fazer um filme de três horas. ''King Kong'' não devia ter tudo isso, não sei o que aconteceu. Foi uma enorme surpresa para nós. Mas chega num momento em que a narrativa se impõe," alega ele.
Jackson explica que uma das razões para fazer o filme foi que as novas gerações não conseguem absorver o filme original, em preto e branco, com o estilo de filmar dos anos 30 e com efeitos especiais rústicos, mas admite que a motivação maior foi que sempre quis refazê-lo desde que o viu pela primeira vez. "Cheguei a fazer miniaturas de papelão do gorila e do Empire State, tenho isso até hoje," revela. Acrescenta que já se amarrava em efeitos especiais e viu na história uma grande aventura capaz de comover os espectadores como aconteceu com ele, que chorou quando Kong caiu do Empire State.
"Há aspectos interessantes sobre a maneira como Kong é retirado de seu habitat natural para ser explorado por humanos. É uma criatura que nunca teve empatia com outro ser vivo e, no momento em que isso acontece, ele se condena. A pior coisa que Kong faz na vida é proteger Ann Darrow. É uma tragédia terrível".
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo
Deixe sua opinião