Encerrando a noite deste sábado (19) no palco secundário do Rock in Rio, insuficiente para abrigar seu vasto fã-clube, o Korn celebrou 20 anos de seu seminal disco de estreia e fez as rodas de “pogo” se abrirem.

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Antes mesmo de os californianos entrarem no palco, o coro de “olê, olê, olê/ Kornê, Kornê” já antecipava a expectativa pelo início do show.

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E que início: o riff de guitarra de “Blind” soando como um alarme, seguido pelo baixo de duas toneladas de Reginald Arvizu e pelo grito do vocalista Jonathan Davis perguntando ao público “are you reeeeeadyyy?” foram a senha para o pula-pula começar.

Tocando em sequência quatro músicas de “Korn” (1994), o álbum que definiu um novo gênero, o nu metal, e influenciou dezenas de bandas, o sexteto deu a falsa impressão de que o tocaria na íntegra, como vêm fazendo em sua atual turnê.

Se privou os fãs da chance de ouvir o primeiro álbum na íntegra, o repertório do show acabou valorizando, em sua segunda metade, os sucessos posteriores da banda, fazendo com que a apresentação fosse crescendo até o fim.

A mistura de hip hop, metal, eletrônica e baixo funkeado do Korn é eficiente, o que fica evidente em canções como “Got the Life”, uma das poucas que levou Davis a interagir com o público, pedindo palmas e sendo atendido.

O vocalista é um frontman eclético, que alterna vocais esquizofrênicos (ora criança perturbada, ora urso assassino) e postura idem -quase sempre balançando a cabeça como um headbanger, mas, em certos momentos, fazendo dancinhas e agitando os braços como um líder de banda pop.

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Davis também tocou guitarra e sua célebre gaita de fole -esta no medley de “Shoots and Ladders” e “Somebody Someone”.

A sequência final, com os sucessos “Falling Away from Me” e “Freak on a Leash”, fez o público cantar junto e comprovou que o Korn estava muito além do palco e horário que lhes foram reservados.