Realizada no último fim de semana no Parque Anhembi, em São Paulo, a segunda edição brasileira do evento espanhol Sónar Festival Internacional de Música Avançada e New Media Art reuniu em seus dois dias cerca de 30 mil pessoas interessadas em novos conceitos de música e performance. Pelos três palcos espalhados pelo Anhembi passaram desde nomes mais conhecidos do grande público, como o cantor, compositor e produtor Cee Lo Green, o duo francês Justice, e os rappers brasileiros Criolo e Emicida, a artistas com propostas mais experimentais, a exemplo do inglês James Blake e da dupla Alva Noto & Ryuichi Sakamoto.
Na noite de sexta-feira, o grande destaque ficou por conta da apresentação do quarteto alemão Kraftwerk. Escalados para o Sónar graças ao cancelamento da apresentação da islandesa Björk, os germânicos hipnotizaram uma plateia de 15 mil pessoas com um show para ser apreendido por olhos e ouvidos. Na entrada do festival, o público recebia óculos especiais para acompanhar em detalhes as projeções tridimensionais no imenso telão que ocupava toda a parede atrás dos músicos no palco.
Liderado por Ralf Hütter, 65 anos, único integrante original remanescente, o grupo apresentou um repertório de seus principais clássicos "The Robots", "The Man-Machine", "Computer World", "Autobahn", "Tour de France", "Radioactivity", "Trans-Europe Express" e "Music Non Stop" devidamente ilustrados por imagens que alcançavam as mãos do público. Notas musicais saídas de um velho rádio se movimentavam em direção à plateia, um satélite vinha rapidamente em rota de colisão com o público e os avatares robóticos dos integrantes movimentavam os braços quase tocando nos que assistiam ao show. Apresentado no palco principal do festival, o SónarClub, um enorme pavilhão coberto, o show foi infinitamente melhor que a última passagem da banda pelo país, há três anos, quando abriu para o Radiohead, também na capital paulista.
No sábado, o quesito de show mais arrebatador da noite ficou com os escoceses do Mogwai, que após dez anos sem virem ao país, lavaram as almas dos fãs que compareceram ao Sónar. O grupo, ícone do chamado pós-rock, teve a sorte de apresentar suas canções instrumentais no SónarHall, um auditório com excelente acústica e capacidade para 3,3 mil pessoas. Cada detalhe das diversas camadas de guitarra, baixo e sintetizador pôde ser ouvido com perfeição em um repertório que incluiu, especialmente, músicas do mais recente disco Hardcore Will Never Die, But You Will (2011).
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