A história de Marie Duplessis, uma das mais cobiçadas cortesãs francesas dos anos 1840, inspirou o escritor Alexandre Dumas Filho, que fez da vida dela o argumento para o romance "A Dama das Camélias". A partir do mesmo tema, no Brasil José de Alencar escreveu "Lucíola" e na Itália o livro de Dumas foi adaptado pelo compositor italiano Giuseppe Verdi para os palcos na ópera "La Traviata", de 1853, com libreto de Francesco Maria Piave.
A montagem da ópera estréia neste sábado (18), às 20 horas, no Teatro Guaíra, e segue com apresentações até 26 de agosto, sob a direção de cena do tcheco Golat Ludek e artística do maestro Alessandro Sangiorgi. Esta é a segunda ópera montada este ano pelo Centro Cultural Teatro Guaíra (CCTG), a primeira foi "Rigoletto", apresentada no último mês de maio.
A Ópera
O enredo de "La Traviata", apresentado em três atos, conta a história de Violetta Valery e Alfredo Germont, interpretados, respectivamente, pela cantora italiana Luiza Giannini e pelo tenor Francisco Simal. Ela é uma cortesã que sobrevive às custas dos presentes de seus amantes e desperta a paixão do jovem nobre Alfredo.
Os encontros da cortesã e seu amante, ambientados originalmente no século 19, foram transferidos, na montagem do Guairão, para os anos 20. A encenação conta com mais dez solistas, um coro de 48 cantores, bailarinos do Balé Teatro Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná.
O primeiro ato se passa no salão da casa de Violetta, depois que um prelúdio sugere uma tragédia. É quando ela conhece Alfredo. Tocada ao saber que o desconhecido buscara notícias suas todos os dias enquanto estivera doente, Violetta avisa que é incapaz de amar, mas convida o rapaz a voltar no dia seguinte.
No segundo ato, dividido em duas cenas, os dias de paixão de Alfredo e Violetta são interrompidos pelas súplicas do pai dele, que teme que a relação "desonrosa" atrapalhe os planos de casamento da filha. Violetta se comove e abandona o amante, sem lhe explicar o real motivo. Em vez disso, finge que troca o amor dele pelas atenções do Barão, um antigo protetor.
Quando as verdadeiras razões da separação vêm à tona, é tarde demais. O prelúdio ao terceiro ato revela que Violetta está prestes a morrer de tuberculose. Alfredo, que a ofendera, procura a amada para lhe pedir perdão. Mas a encontra já no leito de morte.
Recursos
Para a montagem foi feito um investimento no valor de R$ 320 mil, sendo R$ 250 mil captados por meio da Lei Rouanet e R$ 70 mil de recursos próprios do Centro Cultural Teatro Guaíra. Ao todo, 406 pessoas trabalharam na produção da ópera, entre funcionários efetivos do CCTG e empregos temporários. Cinqüenta e duas pessoas foram contratadas para participar do coral que se apresenta no espetáculo e sete músicos vão reforçar a orquestra. Soma-se a esse grupo 14 técnicos e 45 pessoas que atuam em outras funções nas áreas de cenografia, iluminação, contra-regra, figurinos, adereços, cabelo e maquiagem, entre outras.
Os ingressos para a noite de estréia, no sábado (18), estão esgotados. Os interessados poderão assistir "La Traviata" nas próximas apresentações.
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Serviço: La Traviata. Estréia sábado (18) às 20 horas. Teatro Guaíra (Praça Santos Andrade, s/nº) Tel.: 3304-7982. Reapresentações: domingo (19 e 26) às 18 horas; terça-feira (21), quinta-feira (23) e sábado (25) às 20 horas. Ingressos para estréia estão esgotados. Os valores para compra antecipada são R$ 30,00 para a platéia, R$ 20,00 para o 1º balcão e R$ 10,00 para o 2º balcão. No dia das apresentações as entradas custarão R$ 40,00 (platéia), R$ 30,00 (1º balcão) e R$ 20,00 (2º). A bilheteria do teatro funciona todos os dias, do meio-dia às 21 horas.
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