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Uma linha evolutiva acompanha a carreira de Marcelo D2 desde seu primeiro álbum-solo, Eu Tiro É Onda (1998). Tratava-se de um típico álbum de rap, mas com sementes sambistas plantadas aqui e ali. A combinação foi aprofundada em À Procura da Batida Perfeita (2003) e concretizada com os arranjos "para banda" de Acústico MTV (2004). Meu Samba É Assim, dotado de elementos dos três trabalhos anteriores, é justamente a afirmação desse processo.

Soa um pouco repetitivo, é verdade. Não por culpa das bases, cada vez mais elaboradas e enriquecidas com colagens bem sacadas – há trechos de João Donato, Baden Powell, Chico Buarque, Jorge Aragão. O problema, aqui, são as letras de D2. Muitas delas vão do nada para lugar nenhum, apoiando-se na auto-referência para mascarar uma certa falta de assunto. E, em se tratando de rap, um gênero calcado no discurso, a ladainha é tudo. GGG1/2

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