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Saturação

Michel Maffesoli. Iluminuras. 112 págs. Ensaio. R$ 35.

Michel Maffesoli tem uma tese: a sociedade atual está saturada. Ou seja, para o professor da Universidade Paris Descartes, está em curso um processo de desestruturação. O autor chama a atenção para um fato: antes mesmo de o mundo físico revelar-se saturado, são as ideias e as fórmulas mentais, repetidas continuamente, que deflagram todo um processo de desgaste total e irrestrito.

O Senhor Falcão

Valeria Montaldi. Record. 392 págs. R$ 39. Romance.

A escritora Valeria Montaldi, premiada no continente europeu, criou um personagem que cresceu e ultrapassou os limites de um único livro. O frei Matthew, que já havia aparecido em O Monge Inglês, retorna agora nas páginas de O Senhor do Falcão, romance ambientado no século 13, em Milão, onde realidade e fantasia se confundem. Montaldi atua como jornalista e crítica de arte.

Melhores Poemas

Armando Freitas Filho. Global. 192 págs. R$ 37. Poesia.

Heloisa Buarque de Hollanda pesquisou a trajetória poética de Armando Freitas Filho, um dos mais importantes poetas brasileiros do tempo presente. Em meia década de produção, Freitas Filho criou dicção peculiar e já inseriu textos inventivos de sua autoria na tradição brasileira, a exemplo de "Mr. Interlúdio": "Quem sou você/ que me responde/ do outro lado de mim?".

A Sombra do Ditador

Heraldo Muñoz. Zahar. 412 págs. R$ 59. Memória.

O atual embaixador do Chile na ONU, Heraldo Muñoz, armazena no currículo o fato de ter sido um dos mais conhecidos opositores da ditadura Pinochet. Agora, ele faz um acerto de contas com a própria memória e revela como o seu país foi "guiado" por um ditador que, durante 17 anos, deixou como legado 40 mil vítimas de prisão, tortura e morte ou desaparecimento.

O Sul Mais Distante

Gerald Horne. Companhia das Letras. 486 págs. R$ 57. História.

O professor da Universidade de Houston (Texas) Gerald Horne mostra neste livro instigante como os senhores escravagistas norte-americanos tinham interesse no Brasil para estabelecer um comércio de mão-de-obra africana, sobretudo entre 1840 e 1850. As informações que Horne encontrou em documentos brasileiros, britânicos e espanhóis são, de certa maneira, inéditas, e, acima de tudo, perturbadoras.

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