As Confissões de LúcioFernando Monteiro(Francis, 216 págs., R$ 39,50). Romance.
O livro conta a história do escritor que seria o primeiro brasileiro a receber o Nobel de Literatura, Lúcio Graumann. Pouco antes da cerimônia de entrega, no entanto, o personagem morre. Os fatos já haviam sido relatados no romance anterior de Monteiro, O Grau Graumann. Agora, ele retoma a história de onde a havia abandonado. Este segundo volume faz humor ao mostrar, por exemplo, a reação da Academia Brasileira de Letras ao falecimento do escritor. E acaba falando sobre a própria literatura brasileira.
SantosJ. R. Duran(Francis, 128 págs., R$ 20,50). Romance.
Conhecido principalmente por seu trabalho como fotógrafo de revistas de mulheres nuas, o catalão Duran vem tentando ser reconhecido também em outras áreas. Publicou livros de fotos de outros gêneros e vem tentando incursões como escritor. Sua primeira tentativa foi o romance Lisboa. O segundo livro é a seqüência de uma trilogia policial. Uma das características é o gosto do autor por descrever as paisagens do litoral paulista e as imagens criadas pelas suas personagens, como se estivesse realmente fotografando a trama.
Conselhos a um JornalistaVoltaire(Tradução de Márcia Valéria Martinez de Aguiar. Martins Fontes, 192 págs., R$ 28,50). Ensaios.
Obra reúne três momentos diferentes na carreira de François-Marie Arouet, ou Voltaire (1694 1778). A primeira parte, que dá nome ao livro, foi publicada pela primeira vez em 1737 e mostra as sugestões do pensador para o jornalista tratar de assuntos ligados à Filosofia, História, Literatura, idiomas e estilo. A segunda é um apanhado em ordem cronológica dos artigos publicado pelo autor na seção Miscelâneas Literárias, do Jornal de Política e de Literatura, em 1777. A terceira trata dos textos publicados em 1764 na Gazeta Literária da Europa.
A Transfiguração do Lugar-ComumArthur C. Danto(Tradução de Vera Pereira. CosacNaify, 312 págs., R$ 59). Arte.
Com prefácio do autor escrito especialmente para a edição brasileira, o livro abre a coleção dedicada às artes plásticas, coordenada por Sônia Salzstein. Arthur C. Danto procura formular uma definição da arte sem se ocupar com regras pré-concebidas. Para tanto, transita pela arte do pós-guerra nos EUA, comentando a produção de Barnett Newman, Claes Oldenburg, Andy Warhol e Roy Lichtenstein. Para tratar da filosofia da arte, recorre a Velásquez, Hegel, Wittgenstein e Cézanne. Escrito no final dos anos 70, a obra examina as diferenças, à primeira vista indistingüíveis, entre trabalhos de arte e objetos do cotidiano.
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