O Túmulo do FanatismoVoltaire(Tradução Claudia Berliner. Martins Fontes, 210 págs., R$ 32,50). Filosofia.
Novo título do projeto Voltaire Vive, coordenada por Acrísio Torres, O Túmulo do Fanatismo foi, em princípio, atribuído ao estadista inglês Bolingbroke. No texto, Voltaire se posiciona contra o fanatismo, criticando os evangelhos apócrifos e os primeiros cristãos vale lembrar que, naquele tempo, as perseguições religiosas eram brutais. A obra acabou condenada por decreto da Corte de Roma em 29 de novembro de 1771, com outros cinco livros do autor. Na opinião de Torres, Voltaire segue atual enquanto houver superstição, intolerância e injustiça. Dele, a Martins Fontes já publicou O Filósofo Ignorante, O Preço da Justiça, Cândido, Questões sobre os Milagres, entre outros.
Passos de DrummondAlcides Villaça(Cosac Naify, 152 págs., R$ 45). Crítica literária.
Primeiro livro de crítica do poeta Alcides Villaça, traça um painel meticuloso de alguns poemas centrais na obra de Carlos Drummond de Andrade, partindo de Alguma Poesia (1930) para chegar em Farewell (1996) em cinco ensaios. Em "Primeira Poesia", Villaça fala sobre o estigma do gauchismo, que aparece no clássico "Poema de Sete Faces". Em "Um Elefante de Verdade e um de Mentira", o objeto é o clássico "O Elefante". O poema "A Máquina do Mundo" é dissecado em "O Poeta, a Máquina e o Mundo". As duas partes finais, "Poética da Memória" e "Lanterna Mágica", falam, respectivamente, dos registros drummondianos da memória e de outros gêneros textuais praticados pelo poeta (resenhas, artigos e correspondência).
Kama Sutra Vatsyayana(Tradução de Luciane Aquino. L&PM, 240 págs., R$ 12). Comportamento.
Edição em português do clássico oriental que se tornou referência para a literatura erótica e de costumes da antiga sociedade hindu. Traduzido do sânscrito para o inglês pelo explorador sir Richard Burton primeiro a apresentar a obra ao Ocidente, no século 19 , o Kama Sutra apresenta assuntos relacionados a diversos aspectos da vida humana, desde a vida privada, doméstica e social dos indianos, até ensinamentos sobre técnicas e práticas sexuais. Vatsyayana, que viveu aproximadamente entre os séculos 1 e 6 da era cristã, prega a prática de princípios como o Dharma, Artha e Khama, definidos como virtude, riqueza e prazer, e divide seus ensinamentos em sete partes, que abordam temas como "a união sexual" e "as esposas dos outros".
Esses Cronistas Super-Heróis e Suas Mancadas MaravilhosasLuiz Renato Ribas Silva(Edição do autor, 136 págs., preço a definir). Crônica.
Proprietário do primeiro videoclube do Paraná, o Tape Clube, hoje Vídeo 1 (a mais antiga do Estado), Luiz Renato Ribas Silva se aventura pelas letras a fim de narrar histórias sobre o turfe parananense. Esses Cronistas Super-Heróis e Suas Mancadas Maravilhosas reúne depoimentos de pessoas algumas já mortas lembrando de suas experiências ligadas às corridas de cavalos. Fotos e charges ilustram os episódios impagáveis relatados por figuras que se assumem apaixonadas pelo esporte. Segundo o autor, "O turfe é sério. Os homens e os cavalos que são engraçados". O livro está à venda somente na Vídeo 1.
O Grito RoubadoEdward Dolnick(Tradução de Alice Xavier de Lima. Relume Dumará, 260 págs., R$ 39,90). Romance.
Em 1994 um dos quadros mais famosos do mundo foi roubado do Museu da Noruega: "O Grito", de Edvard Munch. Enquanto as atenções se voltavam para as Olimpíadas de Inverno, três homens entraram e levaram a obra-prima do pintor norueguês, deixando um bilhete: "Obrigado pela falta de segurança". O Grito Roubado é uma compilação de dados ligados aos crimes contra peças artísticas. Especialista nessa modalidade de roubo, Dolnick usa sua experiência e trata de inúmeros quadros que tiveram o mesmo destino de O Grito. "Os melhores museus do mundo são tão escancarados quanto mercados de rua", diz o autor.
Salomão e as MulheresJorge de Lima(Editora UFPR, 264 págs., R$ 29). Romance.
"Toda a edição foi tirada neste papel ruim" é a frase com que Jorge de Lima (1895 1953) encerra seu romance de estréia quase 80 anos atrás. Salomão e as Mulheres teve somente uma edição. Só isso atesta a importância da segunda edição que acaba de sair pela Editora UFPR em formato fac-similar. Conhecido pela tradução de Esperando Godot (Cosac Naify), de Samuel Beckett, Fábio de Souza Andrade assina o posfácio do livro. Curiosa pelo que revela das tensões estéticas que levaram ao modernismo, a prosa de Jorge de Lima, menos conhecida que sua poesia, é fundamental para a compreensão da obra que se multiplicou por vários meios o escritor era também pintor, escultor e fotógrafo. A edição fac-similar preserva a capa de 1927 e os elementos gráficos (como desenhos e sinais de pontuação no lugar de títulos de capítulos). Para Mário de Andrade, Lima foi "o caso mais apaixonante da poesia contemporânea do Brasil".
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