Larry King, o apresentador da CNN cujo estilo não-confrontador nas entrevistas foi um sucesso com personalidades e telespectadores durante 25 anos, se despediu do canal de notícias na quinta-feira à noite relembrando seus momentos com grandes nomes, antigos amigos e familiares.
"Boa noite e bem-vindos ao último Larry King Live", disse o ícone da TV, de 77 anos, na abertura de sua última performance de uma hora. "É difícil dizer isso. Eu sabia que esse dia chegaria. Essas palavras não são fáceis de dizer."
Com o comediante Bill Maher e o apresentador do "American Idol", Ryan Seacrest, sentados à sua frente para dar um alívio cômico, King se portou como um homem sério, mostrando-se surpreso com as homenagens que seguiram.
Em um trecho pré-gravado, o presidente Barack Obama chamou King de "um dos gigantes do mundo televisivo." O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, decretou quinta-feira como "o Dia de Larry King", concedendo a King menos de seis horas para comemorar a homenagem.
King anunciou sua saída em junho, dizendo que queria passar mais tempo com sua família. Ele e sua sétima mulher, Shawn, haviam dito neste ano que iriam se divorciar, mas se reconciliaram depois. Além de retornar à CNN para um especial de vez em quando, King revelou sua vontade de entrar na arena da comédia stand-up.
Sua mulher e seus dois filhos, Chance, de 11 anos, e Cannon, de 10 anos, estavam entre os convidados da noite.
"Larry King Live" foi uma parada obrigatória para políticos, magnatas e celebridades. Astros de cinema e do rock realizando turnês de divulgação tinham garantida uma plataforma de promoção no programa, sem temer perguntas complicadas.
Ele declarava orgulhosamente que nunca se preparava para suas entrevistas, e mostrou isso certa vez quando confundiu o ex-baterista dos Beatles Ringo Starr com seu falecido colega George Harrison.
Em seu último programa, King se conteve para não soltar as lágrimas e se despediu dizendo: "Ao invés de adeus, que tal até logo?"
O estúdio escureceu e uma luz iluminou o microfone, a marca registrada que enfeitava a mesa de King.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano