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Laurentino Gomes: contra a censura prévia de livros | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Laurentino Gomes: contra a censura prévia de livros| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

O escritor paranaense Laurentino Gomes transformou sua palestra de ontem no estande da Câmara Brasileira do Livro, na Feira de Frankfurt, em um manifesto em defesa das biografias. Depois da mesa, o autor de 1889 (Globo Livros) disse que não imaginava, ao ser chamado, semanas atrás, que o assunto se tornaria tão urgente como se tornou nos últimos dias. "Artistas, políticos, empresários e escritores são figuras públicas ou porque atraem a curiosidade das pessoas pela sua criação – vivem disso e gostam de ser reconhecidos pelo público quando disso contribui para o seu sucesso – ou porque exercem função de interesse público por afetar a forma como a sociedade se comporta. São, portanto, alvo legítimo da investigação de jornalistas, escritores, biógrafos, pesquisadores e demais estudiosos que por eles se interessem", argumentou.

Paraná

A poeta Alice Ruiz, que também representa o país na feira, será tema da mesa "O rigor e a desordem", que acontece amanhã. O rigor formal de seus haikais será contrastado com as variações de Paulo Henriques Britto sobre o soneto. O escritor radicado no Paraná que também está em Frankfurt é Cristovão Tezza (de O Filho Eterno), que lerá a antologia Entre Quatro Linhas no próximo sábado, junto aos autores Luiz Ruffato, Adriana Lisboa, André Sant’Anna, Carola Saavedra e Ronaldo Correia de Brito.

Outro tema que ocupou a atenção da delegação brasileira em Frankfurt foi o discursos de abertura de Luiz Ruffato, proferido na terça-feira, em que o escritor enumerou mazelas brasileiras e definiu seu povo como covarde, machista e genocida. A ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse ontem ter sentido falta do aspecto "literário e mágico" na fala do escritor.

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