O saxofonista Sam Rivers, um dos grandes nomes do jazz de improviso e vanguarda, morreu aos 88 anos de pneumonia em Orlando (Flórida, sudeste dos EUA), confirmou sua família nesta terça-feira (27).
Nascido em Oklahoma (centro sul) em uma família de músicos, Rivers adotou o estilo musical "bebop" nos anos 50 e fez turnês com a cantora Billie Holiday, antes de integrar a banda de Miles Davis em 1964, com quem gravou o disco ao vivo "Miles in Tokyo" nesse mesmo ano.
Rivers gravou uma série de álbuns inovadores de sua própria autoria para o selo Blue Note, entre eles "Fuchsia Swing Song". Também tocou junto com o baixista Dave Holland e o baterista Tony Williams.
Em 1970, Rivers e sua esposa Bea compraram um apartamento no coração de Nova York, ao que chamaram Studio Rivbea e cujas portas estavam sempre abertas para os músicos e aficcionados por jazz.
Em pouco tempo, este lugar se converteu na pedra angular do movimento "Loft jazz scene", que se popularizou nos anos 70 em Nova York e que consiste em fazer shows em grandes apartamentos, que são de fato reciclagens de fábricas e armazéns em desuso.
Nos anos 80, Rivers tocou durante quatro anos com a banda United Nations de John Birks "Dizzy" Gillespie, para logo se estabelecer em Orlando e formar sua própria banda.
"Para mim, meu pai esteve de férias a vida toda", disse sua filha e empresária Monique Rivers Williams na segunda-feira, ao jornal The Orlando Sentinal, ao informar sobre o falecimento.
"Ele costumava me dizer: 'Estou trabalhando, mas aproveito cada momento dele'", explicou.
"Aposentaria não fazia parte de seu vocabulário. Ele costumava me perguntar: Para que temos essa palavra?", acrescentou.
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