Leprevost ri da própria infelicidade

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A figura do artista Luiz Felipe Leprevost é uma das mais difíceis de conceituar na cena cultural curitibana. Poeta, compositor, escritor, editor, performer, LFL transita entre o corpulento e o ágil e entre as mais diversas linguagens, sempre com bom-humor e energia pop.

O artista que anunciara estar deixando a música de lado para se dedicar a seu trabalho de editor (ele é um dos sócios do selo Encrenca), faz neste fim de semana o caminho de volta aos palcos com o espetáculo A Felicidade Nem Sempre é Muito Engraçada, nas noites de sexta e sábado no Teatro Barracão Em Cena.

"Este show está sendo feito na época do delírio total de um país, está sendo feito porque a realidade é também uma religião e talvez por isso estejamos em guerra, porque não vivemos ainda nos melhores dos mundos. Se vivêssemos, o show seria outro, mas haveria show", disse Leprevost, expondo alguns dos motivos de sua volta aos palcos. "Todas as canções colocadas no repertório são jingles de campanha para eleger a sensibilidade", provoca o compositor.

Acompanhado do parceiro e produtor musical Eugênio Fim, neste show Leprevost vai mostrar algumas de suas canções já conhecidas do público, além de uma série composições de inéditas, como é o caso de "Choveu Dinheiro" (cujo clipe está circulando há alguns dias na internet).

Segundo Leprevost, a partir de "arranjos vibrantes e ruidosos", criados por ele e Fim, a dupla conseguiu chegar à "invenção de um sotaque musical singular" com elementos eletrônicos e eletroacústicos. O show terá participações especiais do cantor e escritor carioca Botika, da cantora e atriz Michelle Pucci, de Adriano Esturilho, do Grupo Fato, e da cantora Rogéria Holtz.