História
O Jethro Tull foi formado em 1968, na cidade litorânea inglesa de Blackpool, pelo escocês Ian Anderson (cantor compositor e autodidata em instrumentos como flauta, violão, saxofone, baixo, bateria, teclado, trombone, violino e uma variedade de apitos), único integrante da primeira formação que ainda permanece no grupo - seguido do guitarrista e flautista Martin Barre, que ingressou na banda um ano depois.
Desde a sua formação, o quinteto já lançou mais de 20 álbuns, que venderam mais de 60 milhões de cópias ao redor do mundo, entre eles os clássicos e até hoje cultuados Aqualung (1971), Thick as a Brick (1972) e Too Old to RocknRoll: Too Young to Die ! (1976).
Em suas quase quatro décadas de atividades, o Jethro Tull já realizou cerca de 2,5 mil shows em aproximadamente 40 países. A primeira vez que a banda esteve no Brasil foi em 1988.
Há quase 40 anos atraindo uma legião de fãs de todas as idades com sua combinação de hard rock, folk, música erudita e celta, a letras de conteúdo denso e surrealista, o quinteto inglês Jethro Tull faz hoje, às 21 horas, no Guairão, uma única escala curitibana da turnê Acoustic/Electric Tull Concerts. A banda já passou por Chile, Uruguai e Argentina e chegou ao Brasil no último domingo, com apresentações já realizadas no Rio de Janeiro e em Porto Alegre (segunda-feira), e paradas marcadas ainda em Belo Horizonte (amanhã) e São Paulo (sábado e domingo).
Mas, ao contrário do que o nome da turnê do quinteto britânico sugere, se tomarmos como parâmetro o cenário musical nacional ou seja, compilações de sucessos radiofônicos de artistas renomados em arranjos repaginados o "eletroacústico" do Jethro Tull é, segundo o vocalista e líder da banda Ian Anderson, apenas o termo que melhor define a sonoridade do grupo desde seus primórdios.
"Atualmente, a banda vem se revezando entre duas turnês diferentes, uma acústica e uma elétrica e acústica. É esta que estamos levando ao Brasil, o que é, na verdade, o que fazemos desde 1968. Não gosto de rotular nosso shows como acústico e nem como um show de rock, porque o Jethro Tull não é uma banda de rock, como são o Iron Maiden ou o Motörhead. Nós usamos instrumentos acústicos e eu sempre fui um músico acústico. Batizamos a turnê desta maneira. É a melhor definição que encontramos, afinal de contas tocamos canções acústicas, algumas totalmente elétricas e outras que misturam ambas as coisas", explicou o vocalista, em entrevista exclusiva ao Caderno G.
Consciente do público jovem que se interessa pela sonoridade inusitada da banda há várias gerações, Anderson diz ter planejado um repertório capaz de satisfazer, ao mesmo tempo, os que estarão assistindo a um show da banda pela primeira vez e os que já tiveram a oportunidade de conferir o mesmo espetáculo em outras passagens da banda pelo país. "Vamos interpretar canções clássicas como Aqualang, Locomotive Breath, Thick as a Brick e Budapest, outras mais obscuras que fazem parte da nossa extensa discografia, possivelmente duas canções inéditas, além de composições de outros artistas", adianta.
As canções inéditas citadas pelo vocalista integrarão o novo álbum da banda, que já conta com oito canções prontas e que deve ser finalizado após o mês de setembro, quando o grupo volta aos estúdios e lançado apenas no ano que vem.
Diferentemente de outras formações roqueiras duradouras, o Jethro Tull, segundo Anderson, não sofre com a pressão dos fãs para que toquem apenas grandes sucessos em suas apresentações, fato atribuído pelo vocalista à ousadia e ao experimentalismo que sempre fizeram parte da proposta sonora do grupo desde sua formação. "Meu compromisso é fazer com que as pessoas sintam-se levemente desconfortáveis (risos). Acho necessárias a confusão e dúvida da platéia diante de algo de que ela não têm certeza se gosta ou não. E nós temos apenas alguns minutos para tentar convecê-las. É importante experimentar novos ingredientes quando você se senta numa mesa para jantar, assim como quando você se senta num auditório para assistir a um concerto musical", filosofa.
Leia a entrevista completa com o vocalista Ian Anderson no site www.gazetadopovo.com.br/cadernog.
Serviço: Show com a banda inglesa Jethro Tull. Teatro Guaíra (Pça. Santos Andrade, s/n.º). Hoje, às 21 horas. Ingressos a R$180 (platéia), R$160 (1.º balcão) e R$ 140 (2.º balcão). Estudantes, maiores de 60 anos, portadores do Cartão Fidelidade Teatro Guaíra e assinantes da Gazeta do Povo têm direito à meia-entrada. Informações pelo telefone (41) 3304-7982.
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