De Los Angeles, a banda Weezer faz sua única apresentação latino-americana no Curitiba Rock Festival. Liderada por Rivers Cuomo, a banda lançou no início do último mês de maio, o quinto registro de sua discografia, "Make Believe". O álbum, apesar de ter recebido críticas pouco favoráveis da imprensa especializada, estreou em 2.º lugar no ranking da Billboard e já vendeu mais de 500 mil cópias.

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Desde 1994, ano de lançamento do primeiro registro do Weezer, mais conhecido como Blue Album, que a banda vem acumulando uma legião de fãs brasileiros e servindo como principal influência de dezenas de bandas indie em todas as regiões do país.

Após o lançamento o Weezer caiu na estrada, dividindo uma extensa turnê norte-americana com o Foo Fighters. O único show do quarteto na América Latina, em Curitiba, só foi possível graças a uma semana de folga decorrente do casamento de Taylor Hawkins, baterista da banda de Dave Grohl, e à mudança de data por parte da organização do festival, que condicionou a época de realização do evento à disponibilidade do Weezer.

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Tanto esforço deve ser recompensado com um repertório formado pelos maiores hits da banda, além de algumas surpresas. Em entrevista à Gazeta do Povo o líder da banda falou baixo, pouco e com grandes intervalos entre cada frase, fazendo jus ao estereótipo de nerd atribuído a ele por nove de cada dez revistas especializadas.

Entre os poucos assuntos que causaram em Rivers alguma empolgação durante a entrevista, pelo menos dois não tinham nada a ver com música: futebol e meditação. "Um dos momentos favoritos de toda a minha vida foi quando o time dos EUA venceu o do Brasil. Foi em 1998, em Los Angeles. Eu estava lá com meus amigos e o placar ficou em 1 x 0, mas foi incrível, porque o Brasil é o melhor time de todos os tempos", elogia Cuomo.

Adepto, desde 2003, da meditação vipassana – técnica descoberta por Buda há mais de 2.500 anos e perpetuada por monges da Birmânia –, Rivers não passa um dia sem meditar pelo menos duas horas, em momentos diferentes: ao acordar e, quando em turnê, logo após as passagens de som. Segundo o músico, a técnica, teve grande influência nas composições da banda, pois o ajudaram a segurar seu ego.

Rivers, que concordou em excursionar com a turnê de Make Believe apenas até o final de 2005, não faz previsões quanto a um novo trabalho da banda. Seus planos para o futuro incluem terminar sua graduação em Inglês, que cursa na prestigiosa Universidade de Harvard, e dedicar-se à meditação e a trabalhos voluntários no Vipassana Meditation Center, em Massachusetts, do qual é freqüentador. "Cada vez fico mais interessado em ser universal e alcançar o maior número de pessoas que puder com a minha música. Não quero tocar apenas para um determinado grupo seleto, de pessoas cool ou inteligentes, não me importo mais com isso. Música é apenas mais uma maneira de eu servir às pessoas, ajudá-las a serem felizes, inspirá-las e espalhar boas vibrações", filosofa.