Nacional
A promessa de Edney Silvestre e a "Má" Companhia das Letras
Se 2010 foi um bom ano para Edney Silvestre, que abocanhou os prêmio São Paulo e Jabuti com o seu romance de estreia, Se Eu Fechar os Olhos Agora, em 2011 ele retorna com outra longa narrativa. Felicidade É Fácil (Record) será a prova de fogo para o, até 2009, apenas jornalista da Rede Globo. A partir de agora, Silvestre estará na mira de leitores atentos e críticos impiedosos.
Quem também estará com novo livro é a escritora Tatiana Salem Levy que, a exemplo de Silvestre, venceu o Prêmio São Paulo na categoria estreante. Em Silêncio (Record) é, desde já, uma promessa de boa leitura para este novo ano.
A Companhia das Letras, por sua vez, aposta em um novo selo, o Má Companhia, que surge republicando títulos de autores que, em alguma medida, flertam com o underground e o universo marginal. Marçal Aquino (foto) terá o seu livro O Invasor reeditado, enquanto Reinaldo Moraes, autor do badalado Pornopopéia (com acento mesmo), verá, em uma mesma edição, os seus livros Tanto Faz e Abacaxi, clássicos da década de 1980 esgotados, hoje disputados a tapa por leitores que se entusiasmam pela dicção culta e ao mesmo tempo "da rua", tão bem desenvolvida por Moraes.
Internacional
Quatro nobéis, mais Bolaño, Eco, Franzen e Houellebecq
Escritores vencedores do Prêmio Nobel de Literatura respondem por alguns dos títulos mais interessantes do ano que vem. O livro de ensaios literários do sul-africano J.M. Coetzee, Mecanismos Internos, chega em fevereiro pela Companhia das Letras, falando sobre as obras de Samuel Beckett, W.G. Sebald e outros.
A mesma editora publica nas próximas semanas O Terceiro Reich, do chileno Roberto Bolaño (1953-2003). Liberdade, romance de Jonathan Franzen (As Correções) que colocou o autor na capa da revista Time, ficou para junho, época em que sai também O Balanço da Respiração, da romena de origem alemã Herta Müller (foto).
A Record tem uma lista de lançamentos que inclui o francês Michel Houellebecq (O Mapa e o Território), o italiano Umberto Eco (O Cemitério de Praga) e o francês J.M.G. Le Clézio (Raga), os três previstos para o segundo semestre. Antes, ela publica o muito falado Os Imperfeccionistas, do norte-americano Tom Rachman, que descreve a rotina de um jornal em Roma.
O Sonho de Celta, do peruano Mario Vargas Llosa, ganha versão brasileira em junho, pela Alfaguara.
Note que Vargas Llosa, Coetzee, Herta e Le Clézio são ganhadores do Nobel.
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