Em frente de um hotel na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, um grupo de jovens está reunido, ansioso pela oportunidade de ao menos ver um aceno do ídolo. Um astro de Hollywood? Um cantor pop? Uma banda de rock? Não. Essa legião de fãs idolatra um escritor. Ele é John Green, o americano que hoje é o autor de ficção mais vendido no Brasil, responsável, entre outras obras, pelo best-seller “A Culpa é das Estrelas”.
Green desembarcou no Brasil na última terça-feira (30) para promover o filme “Cidades de Papel”, adaptação do livro homônimo que estreia nos cinemas na próxima quinta-feira (9). Ao lado do protagonista do filme, o jovem ator Nat Wolff, o escritor falou a jornalistas e blogueiros (muitos especializados em sua obra). Na entrevista coletiva, deu uma pista do segredo de tamanho sucesso. “Adoro escrever para adolescentes, sinto-me como se fosse um deles”, disse.
Escritor usa diversas plataformas
Mais do que um escritor que vende milhões de livros no formato tradicional, John Green está onipresente na internet, usando diversas plataformas para se comunicar com os fãs
Leia a matéria completaEm seus livros, John Green encara os adolescentes da forma mais humana possível, falando sobre alegrias, decepções, dúvidas, tolices e amadurecimento. “É um período em que experimentamos muitas coisas pela primeira vez. Não é apenas um desafio, mas uma alegria explorar os primeiros passos de cada um desses mundos”, diz. Aos 37 anos, Green conta que mudou sua percepção sobre a vida adulta após se tornar pai, mas admite: “Não me imagino escrevendo para adultos”.
Filme evita reflexões feitas pelo livro
Há diferenças significativas entre o livro e o filme “Cidades de Papel”, inclusive no desfecho. E isso é bom
Leia a matéria completaNat Wolff tem 20 anos e está na faixa etária dos personagens criados por Green. Para o ator, que já havia trabalhado em “A Culpa é das Estrelas”, o convite para estrelar “Cidades de Papel” foi como “ganhar na loteria”. “Quando comecei a fazer o filme, entrei numa máquina do tempo. Também tinha meus melhores amigos e era um cara romântico. A forma como John escreve é como as pessoas são”, diz.
A expressão “cidades de papel” surgiu na cartografia, quando profissionais inventavam cidades e colocavam nos mapas, a fim de detectar plágios.
No livro, o autor relaciona esse expediente com a vida de muitas pessoas, vazia e sem sentido. “Sempre morei em Orlando, com todos aqueles parques temáticos. Para mim, era como uma cidade falsa, de mentira, uma cidade de papel. Hoje gosto da cidade e de suas pessoas, mas ainda odeio a Disney World”, diz.
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