Aos fãs de uma das séries mais amadas das últimas décadas, não falta incentivo para rever os filmes e reler os livros que transportam os potterheads – como são chamados os aficionados por Harry Potter – magicamente à Hogwarts. Riddle Diário vem como um pretexto a mais para lembrar da época em que todo ano se lançava uma produção do universo de J.K. Rowling. O jogo, cujo nome faz referência aos games em estilo de enigma, também é uma brincadeira com um dos objetos importantes da série, o diário de Tom Riddle, o Lord Voldemort antes de ser aquele-que-não-deve-ser-nomeado.
Recentemente, os criadores do Riddle Diário, os estudantes Barbara Kultchek (19) e Arthur Roedel (20), lançaram o segundo ano do jogo, que terá sete no total como os livros. A curitibana e o catarinense se conheceram no fim do ano passado pelo twitter por causa do interesse por Harry Potter. “Começamos a nos falar fora da rede social e passamos a jogar um jogo de enigma juntos. Foi daí que tiramos a ideia de fazermos um nós mesmos”, conta Roedel.
A dupla colocou a ideia em prática em duas semanas. “No dia 29 de julho já tínhamos lançado. Nos dois dias seguintes o jogo recebeu 200 mil visualizações”, fala Barbara. Na época, o sucesso foi tanto que o Riddle Diário chegou a aparecer nos Moments e Trend Topics do twitter. Hoje, são mais de 300 mil visualizações.
App
Cada ano do game criado pelos dois tem trinta etapas. Para jogar é simples, o problema mesmo é acertar a resposta. Por enquanto, é importante usar o computador porque a resposta deve ser digitada na html da página. Barbara conta que pretende transformá-lo em aplicativo. “A gente ainda não sabe como fazer funcionar esse jogo em forma de app, mas muitas pessoas pedem para jogar no celular”, conta. Cada fase é uma página na Internet. Para adivinhar a resposta o jogador precisa ficar atento às pistas dadas.
“Muitas pessoas pensam que os anos do jogo são cada livro, mas as fases misturam referências da série toda. Já temos ideias para o próximo nível, mas ainda estamos nos refazendo do último lançamento”, diz Roedel, que espera lançar o ano seguinte do jogo ainda em 2016.
Normalmente é preciso levar cinco pontos em consideração: o que está escrito na aba da página, a imagem, o nome da imagem – que é possível ver ao selecionar a opção de salvá-la –, a legenda e procurar a foto no Google. Clicando com o botão direito, é a última opção. A resposta de cada fase deve ser precedida pelo número da fase.
Por exemplo, ao começar a jogar o jogador irá se deparar com a fase 0, chamada de teste. Para respondê-la é simples, pois claramente a imagem é uma foto do Mapa do Maroto. Quem lembra da série, recorda que só é possível ter acesso ao mapa fazendo um juramento “eu juro solenemente não fazer nada de bom”. Logo, a resposta é: “0eujurosolenementenaofazernadadebom”.
Pistas
O processo de criação do jogo foi trabalhoso. Barbara colocou em prática os conhecimentos da faculdade de sistemas de informação. “Foi complicado, acabei procurando muito na Internet. Nós nunca tínhamos feito um jogo antes”, explica a estudante que hoje está no cursinho. “Fizemos algumas fases juntos e depois nos dividimos”, conta Roedel.
Algumas respostas são bem mais difíceis de encontrar que outras, porém todas elas fazem parte do mundo Harry Potter. No twitter é fácil de encontrar vários usuários sofrendo para interpretar as pistas. Quando for jogar é importante usar o Google, fique de olho nos primeiros resultados que aparecerem, provavelmente eles terão algo de valioso.
“O que mais gostamos é ver as pessoas jogando e citando o jogo. Muitos preferem descobrir os enigmas sozinhos, já outros optam por jogar com os amigos”, diz Roedel. Os estudantes ainda planejam lançar uma versão em inglês do jogo no futuro.
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