A atmosfera meio marginal do Teatro Universitário de Curitiba (TUC), na Galeria Júlio Moreira, no Centro de Curitiba, pesou para a escolha do lugar para discutir literatura erótica no sarau Sex Libris do Litercultura.
Lotado, o TUC recebeu no último sábado (29), a professora de Literatura Brasileira da USP, Eliane Robert Moraes e o escritor paulista Reinaldo Moraes, para debater sobre o erotismo na literatura.
Em sua terceira edição, Litercultura fica indispensável
Ter um evento desse porte na cidade, dividido em “capítulos” que se espalham pelo ano todo, é uma sorte
Leia a matéria completaCom mediação de Pedro Gonzaga, os convidados – sentados num sofá sob iluminação avermelhada – não se intimidaram. “Erotismo diz respeito a tudo, ninguém escapa. É matéria aberta. O sexo é a lente que representa a experiência humana”, disse Eliane.
Indagada sobre a importância da força da palavra no universo erótico, a autora do livro “Antologia da Poesia Erótica Brasileira” – obra que, de certo modo, “organiza” a produção da poesia sobre a temática no Brasil – enfatizou que “sexo e literatura exigem fantasia. Um depende do outro. E a palavra evoca o performático muito mais do que a imagem.”
Autores relembram “quadrado mágico” da literatura curitibana
Disputando atenção com a “feijoada de sábado”, a mesa das 14h30 reuniu Joca Reiners Terron e Christian Schwartz em conversa sobre Jamil Snege e Manoel Carlos Karam
Leia a matéria completaColocando um tom lisérgico-etílico na conversa, com suas repetições e interrupções desenfreadas e gestos descomedidos, Reinaldo Moraes realizou uma leitura de trechos (impublicáveis por aqui) de seu romance “Pornopopeia”, arrancando risadas da plateia.
Após o debate, as atrizes Chris Gomes, Katia Horn e Melina Mulazani apresentaram performances musicais e teatrais. No fim, o escritor pernambucano Marcelino Freire e Manoela Leão, diretora do Litercultura, sentaram-se ao sofá com os demais para a leitura de alguns textos de autores que se apropriam da temática erótica em suas obras, como Dalton Trevisan, Gregório de Matos e Charles Bukowski.
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