“Na Cozinha Noturna”, de Maurice Sendak, utiliza as cores da noite.
Pelo traço e texto bem-feito, o birrento Mickey parte numa aventura pela cidade, em seus sonhos.
Em meio aos quadros que poderiam ser emoldurados, cada um enfeitando um cômodo de casa, surgem referências importantes da cultura erudita e pop: “Alice no País das Maravilhas”, já que ele cresce e diminui, cai em mundos diferentes; “Peter Pan”, quando sai voando para outra terra, e até Oliver Hardy, o Gordo de “O Gordo e o Magro”, que faz uma “ponta” como padeiro.
Em vários cenários está presente a cidade grande, onde as padarias funcionam a noite toda para alimentar uma legião pela manhã.
Maurice Sendak. Tradução de Heloisa Jahn e Antonio de Macedo Soares. Cosac Naify, 40 pp., R$49,90.
Mickey voa longe em sua noitada e cai na massa de pão. Quando se liberta, ganha uma roupa de ursinho e um avião para pilotar . O que mais uma criança poderia querer?
No final, o protagonista aprende que, se alguém estiver fazendo barulhos de noite, pode ser que esteja trabalhando para que ele possa descansar.
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